Os gêmeos Mateus Kuhnen Silveira e Pedro Kuhnen Silveira, estudantes do 9º ano do Colégio Bom Jesus Santo Antônio, de Blumenau, passam a partir deste ano a integrar a Seleção Brasileira de Handebol Sub-16 (categoria de cadetes – de 14 a 16 anos) e já trouxeram troféus para casa. A equipe venceu a Argentina no campeonato que aconteceu em Assunção, no Paraguai, no início de outubro. A próxima disputa da dupla aconteceu em Blumenau, no último fim de semana, na Liga Estadual de Cadetes.
Os estudantes iniciaram a trajetória na modalidade na escolinha de handebol do colégio aos 9 anos de idade. Na época, quem ministrava as aulas era o professor Arlindo Fagundes. Depois, eles passaram a integrar as equipes de base da cidade de Blumenau.
Mateus revela que ficou surpreso e emocionado quando soube da convocação para a seleção brasileira. “Sinceramente, eu não esperava. No momento em que saiu a convocação, eu fiquei desacreditado, eu só queria encontrar o meu irmão para comemorar. Foi emocionante”, diz. Sobre a vitória no Paraguai, ele conta que foi ainda mais difícil, mas que o esforço valeu a pena. “Foi uma sensação maravilhosa no final, pois tivemos um jogo ‘pegado’ desde o início, com muita diferença de gols para nossa equipe. Apesar das dificuldades, conseguimos a vitória, pois nos preparamos muito: assistimos a muitos vídeos, estudamos jogadas, aprendemos novas movimentações e treinamos de duas a três vezes ao dia”, relata.
Pedro conta que desde muito pequeno já se interessava pelo esporte, influenciado pelos pais. Hoje, ele diz que não vive mais sem jogar handebol. “A vontade de jogar e o que o esporte já me proporcionou servem de inspiração para não parar mais”, comemora. Mateus também ressalta a influência dos pais. “Todas as dicas e vivências que eles tiveram foram direcionadas para mim desde quando eu era criança, o que fez com que eu gostasse da modalidade e passasse a praticá-la com frequência”, comenta.
Pedro diz que pensa em seguir carreira no esporte, mas nunca esquecer os estudos. “Quero que minha vida esteja bastante voltada ao handebol. Só sei que não posso perder o foco nos estudos. E a rotina de treinos é intensa. Penso que com o esporte conseguimos abrir mais portas”, diz Pedro. Mateus ainda não decidiu em qual esporte seguirá carreira, pois ele também é atleta do basquete brasileiro. “É mais difícil ter uma resposta certa agora, dizer para qual esporte eu vou. Hoje, jogo os dois, gosto muito de ambos, mesmo sabendo da dificuldade da rotina de treinos e da coincidência nas datas das competições das duas modalidades”, comenta.