Fotos: Julio Cavalheiro / Secom
O governador Raimundo Colombo inaugurou nesta sexta-feira (25/8/17), em Chapecó, o segundo radar meteorológico fixo de Santa Catarina. Situado no Loteamento Desbravador, ele vai cobrir 42% do território Catarinense, abrangendo 138 municípios. O investimento no radar de Chapecó foi de R$ 14 milhões.
Além dos radares de Lontras e de Chapecó, o Estado também adquiriu um radar, móvel, que está em fase de testes e terá como base a cidade de Araranguá, na região Sul. Juntos, os equipamentos vão garantir 100% de cobertura por radares meteorológicos em Santa Catarina.
O secretário de Estado da Defesa Civil Rodrigo Moratelli destacou que Santa Catarina está localizada no segundo maior corredor de ocorrências meteorológicas do mundo e que o Estado é protagonista nesta nova política pública de gerenciamento de risco de desastres.
Enquanto o radar do Oeste cobre 138 municípios, o do Vale 192. Os dois atuam com um raio de 200 quilômetros de forma detalhada, podendo chegar até 400 quilômetros no modo vigilância. Já o radar móvel atende outros 52 municípios num raio de até 100 quilômetros. Apesar da base ser em Araranguá, em situações de crise ele pode ser transportado ao ponto mais estratégico para a previsão local detalhada, o que permite mais eficiência na forma de agir e proteger as pessoas.
O sinal emitido pelos radares consegue informações para apontar a formação de instabilidades como por exemplo, as tempestades. Também identifica chuva, granizo, neve, direção e intensidade do vento.
Radar Oeste
Situado a 822 metros de altitude, com uma torre de 16,5 metros de altura, o radar recebeu investimentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Defesa Civil. Os recursos são do Fundo de Proteção de Defesa Civil (FUNPDEC) e do financiamento com Banco do Brasil através do programa Pacto por SC. A construção da torre e a infraestrutura representam cerca de 20% do investimento, e os equipamentos do radar 80%.
Serviços do radar
- Identifica formação de instabilidades associadas a tempestades, tais como sistemas convectivos de meso escala e frentes frias, vindas do RS, PR e Argentina;
- Identifica a precipitação de chuva, de granizo e até de neve e é capaz de detectar a direção e intensidade de vento;
- Monitoramento meteorológico do Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina, Noroeste do Paraná, Sudoeste do Rio Grande do Sul e fronteira com o Norte da Argentina;
- Uso para previsão de curtíssimo prazo, com até três horas de antecedência.
- Contribui para emissão de avisos meteorológicos e de alertas;
- Possui alcance operacional de 200 km com monitoramento detalhado, podendo chegar até 400 km no modo de vigilância.
Informação dos radares ajuda na operação das barragens do Vale do Itajaí
De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, as informações dos radares também servem para acionar na Defesa Civil outro grande sistema de prevenção de cheias construído no Vale do Itajaí. A partir dos dados gerados pelos equipamentos, a operação das barragens torna-se mais segura e eficiente.
Com base nas informações, é possível, por exemplo, definir com maior precisão, o momento de abertura dos canais extravasores que foram construídos nas barragens de Taió e de Ituporanga. Quando a barragem está esgotando sua capacidade de armazenar água, o canal abre e ajuda a controlar a forma como o volume de água será distribuído para não sobrecarregar o nível dos rios. O radar aponta com antecedência o volume e a localização das chuvas.
Centros regionais de Defesa Civil
Santa Catarina terá 20 centros regionais da Defesa Civil, todos eles estarão ligados ao Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres, em Florianópolis. A estrutura vai concentrar em um só lugar diversos órgãos e setores do Estado, que vão trabalhar juntos para levar à população a informação correta, a resposta mais rápida, e a ajuda necessária nos momentos de situação adversa.
Também chamados de Centro Regional Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd – Regional), eles são instalados em cada município sede da Coordenadoria Regional da Defesa Civil SC. Compostos por nove módulos de ferro galvanizado e pintado, possuem cerca de 160 metros quadrados. Totalmente autossuficientes, contam com gerador de energia capaz de manter o centro operacional mesmo com falta de energia elétrica na cidade. Conta também com garagem, depósito, recepção, sala do Coordenador Regional, sala de reunião, sala de situação, banheiro e cozinha.
A estrutura de Florianópolis vai contar com o Centro de Monitoramento e Alerta, Meteorologia, Sistema de Hidrometeorologia, Geologia, Mapeamento de Áreas de Risco, Planos de Contingência, Planos de Ações Emergenciais, Gestão de Crise e Respostas a Desastres.
Por Francieli Dalpiaz, da SECOM/SC