Foi inaugurada nesta sexta-feira (25/08/23) a primeira usina de hidrogênio verde de Santa Catarina. Construído e operado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a estrutura é considerada um modelo e uma vitrine tecnológica que conta com laboratórios, salas de aula e de pesquisadores, além de uma estação solarimétrica onde é possível medir os parâmetros solares.
As placas solares são o próprio telhado e revestimento das paredes, diferente dos outros dois blocos do laboratório, onde foram instaladas sobre o telhado. Há, inclusive, um mirante no topo do prédio para visualização dos equipamentos.
A meta é produzir energia sustentável e colaborar na descarbonização da Amazônia. O hidrogênio já está sendo produzido no novo bloco do laboratório, que recebeu investimentos de R$ 14 milhões. O projeto uniu o Brasil e a Alemanha em um trabalho de cooperação científica e tecnológica.
A usina tem o potencial máximo de geração de 4,1 Nm³/h (normal metro cúbico por hora) de hidrogênio verde e produção máxima de 1 kg/h de amônia. Naturalmente essa produção está vinculada a irradiação solar e, consequentemente, da geração fotovoltaica de cada dia.
Tanto a amônia quanto o hidrogênio verde têm importante papel na descarbonização da Amazônia, pois são produzidos de forma sustentável, alinhados com as expectativas mundiais de produção e geração de energia.
O projeto foi coordenado pelo professor Ricardo Rüther. “Esse prédio gera toda a energia necessária e capta toda a água da chuva necessária para a produção” disse em seu discurso na inauguração. Ele destacou que o prédio será uma vitrine tecnológica, além de abrigar equipes de pesquisadores que serão incorporados pelo mercado de trabalho com formação de ponta. Os mecanismos de produção do hidrogênio verde serão água e muita energia elétrica.
Estavam presentes na cerimônia de inauguração o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; a ministra-conselheira chefe da Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada Federal da Alemanha, Petra Schmidt; o diretor do Programa H2Brasil, da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), empresa alemã parceira e financiadora da usina, Markus Francke; o secretário de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral; assessor técnico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Ramos e o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.