Na tarde da última quinta-feira (23/10), o carpinteiro Adalberto José de Oliveira Torquato, 37 anos, caiu de uma altura de 10m, quando trabalhava no telhado de uma obra no bairro Sete de Setembro, em Gaspar. Apesar dele usar equipamentos de segurança, um descuido na hora de manusear as cordas resultou na queda. Levado imediatamente para o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ele chegou por volta das 15h e segundo testemunhas, 2h depois já recebeu alta.
Mesmo sofrendo uma queda de 10m, o hospital informou que ele teve apenas uma luxação no pé e uma fratura no braço direito. Mas ele se sentiu mal antes de deixar a unidade de saúde e daí finalmente o hospital providenciou um exame de raio-x, que constatou fratura na bacia. Em seguida, os profissionais da saúde identificaram um quadro de hemorragia interna no paciente. Isso, sem contar que a pressão dele estava muito baixa, três por cinco, um sinal claro de que havia algo grave com ele.
Neste momento, o hospital tentou acionar o Samu de Blumenau, que foi até Gaspar somente às 21h para fazer a transferência do paciente ao Hospital Santo Antônio. Ele foi submetido à várias cirurgias até sexta-feira (27) de manhã, tendo o baço retirado e feita a drenagem do tórax. Mas o tempo que ficou com a área traumatizada afetou os rins que não voltaram mais a funcionar. Adalberto não resistiu aos ferimentos e faleceu no período da tarde, deixando 5 filhos. O mais novo tinha somente 6 meses e o mais velho 15.
A família do carpinteiro pretende acionar o hospital de Gaspar judicialmente, pela demora no atendimento e diagnóstico. Se tivessem sido feitos de forma rápida, a chance de sobreviver teria sido muito maior.
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