Horário de verão volta ao debate com pesquisa revelando preferências dos brasileiros

Levantamento mostra que a maioria dos entrevistados é favorável à mudança nos relógios ainda em 2024.

O horário de verão sempre dividiu a opinião dos brasileiros, com muitos defendendo a medida e outros se posicionando contra. Agora, uma nova pesquisa realizada pelo portal Reclame Aqui em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aprofunda o debate sobre o tema, revelando que a maioria dos entrevistados é favorável ao retorno da mudança no horário.

De acordo com o levantamento, que consultou três mil pessoas, 54,9% são a favor da volta do horário de verão ainda este ano. Dentro deste grupo, 41,8% se declararam totalmente favoráveis, enquanto 13,1% manifestaram apoio parcial. Por outro lado, 25,8% dos entrevistados se mostraram totalmente contrários à implementação da medida, 17% se disseram indiferentes e 2,2% se revelaram parcialmente contrários.

As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde a prática era comum, registraram os maiores índices de apoio. No Sudeste, 56,1% dos entrevistados aprovam a mudança nos relógios, sendo 43,1% totalmente favoráveis e 13% parcialmente a favor. Já no Sul, 60,6% das pessoas apoiam a medida, com 52,3% se declarando totalmente a favor e 8,3% parcialmente favoráveis. O Centro-Oeste teve 40,9% de aprovação, com 29,1% dos participantes se mostrando totalmente a favor e 11,8% parcialmente favoráveis. Somadas, essas três regiões apresentam 55,74% de apoio ao adiantamento do horário.

A pesquisa também investigou a percepção da população sobre os impactos do horário de verão em diferentes aspectos. Para 43,6% dos entrevistados, a mudança ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos, enquanto 39,9% acreditam que a medida não resulta em economia. Outros 16,4% disseram não ter certeza ou não souberam responder.

A Região Sul lidera em relação à percepção de economia de recursos, com 47,7% dos participantes acreditando que o horário de verão contribui para essa economia. Além disso, 51,8% dos entrevistados da região acreditam que a medida beneficia o comércio e os serviços, como lojas, bares e restaurantes. Em contrapartida, 32,7% não veem vantagem e 15,5% não têm opinião formada sobre o assunto.

Outro ponto levantado pela pesquisa foi a relação entre o horário de verão e o turismo. Para 41,7% dos entrevistados, a cidade onde moram se torna mais atrativa para os turistas durante o período de vigência da mudança no horário. Apenas 9,4% afirmaram que a cidade perde atratividade, enquanto 43,6% não percebem diferença.

A questão da segurança também foi abordada. A pesquisa mostrou que 35,2% das pessoas se sentem mais seguras durante o horário de verão, principalmente em relação ao deslocamento para o trabalho. Já 19,5% se sentem menos seguros, e 41,9% disseram que a mudança no horário não influencia sua percepção de segurança.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Na última semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou sobre a possibilidade do retorno do horário de verão no Brasil. Segundo ele, a medida pode ser uma alternativa para melhor aproveitamento da luz natural e, assim, reduzir o consumo de energia elétrica no país. No entanto, ele ponderou que a decisão ainda não está tomada, pois a medida envolve não apenas questões energéticas, mas também econômicas e o impacto na vida das pessoas.