Na madrugada deste domingo (12/6/16), pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas em um tiroteio na boate Pulse, em Orlando, Flórida, nos EUA. O ataque iniciou às 2h e terminou às 5h, com a morte do atirador, que disparou com rifle e pistola contra os frequentadores da casa noturna voltada ao público LGBT. O local fica na área central da cidade.
Uma testemunha que estava no clube disse que ouviu “20, 40, 50 tiros” e, então, “a música parou”. Depois de um período de negociações, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Um policial chegou a ser atingido no capacete. Os feridos foram levados para três hospitais da região.
O autor do massacre foi identificado como Omar S. Mateen, de 29 anos, que trabalhava como guarda de segurança. Ele era cidadão americano, natural de Porto St. Lucie, Flórida, e filho de afegãos. O governador do Estado, Rick Scott, disse em entrevista, que as investigações “ainda estão nos estágios iniciais” e não é possível determinar a causa do ataque. Autoridades policiais, mantêm a versão de que Mateen era um fanático que agiu inspirado na ideologia islâmica radical.
Após o episódio na boate, foi declarado estado de emergência na Flórida e em Orlando. O ataque à boate Pulse, já é considerado um dos maiores massacres da história dos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas de Nova York. O massacre também superou o ocorrido na Universidade Virginia Tech, em 2007, quando deixou 32 mortos.
Em pronunciamento, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o FBI está investigando o caso como um ato de terror. “Vamos aonde quer que os fatos nos levem, o que está claro é que ele [o atirador] era uma pessoa cheia de ódio” concluiu Obama.
O Itamaraty informou que não há notícias de brasileiros entre as vítimas do ataque. Em nota, o órgão diz que o governo brasileiro recebeu a notícia com “profunda consternação e indignação”. O Consulado Geral do Brasil em Miami está em contato com as autoridades locais e com a comunidade brasileira em Orlando.
O Itamaraty repudiou o ato terrorista. “Ao transmitir sua solidariedade às famílias das vítimas, ao povo e ao governo norte-americanos, o governo brasileiro reafirma seu mais firme repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo. Nenhuma motivação, nenhum argumento justifica o recurso a semelhante barbárie assassina”, diz a nota.
Na sexta-feira (10), um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie. É o segundo ataque em dois dias seguidos.