Uma menina tinha seis anos quando começou a perceber aproximações diferentes do padrasto dentro da própria casa onde morava. A irmã dela passou pela mesma situação aos 10 anos.
As duas crianças foram estupradas entre os anos de 2011 e 2019 na cidade de Garopaba, no Sul de Santa Catarina. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), denunciou os casos por meio da 2ª Promotoria de Justiça do município e o padrasto foi condenado nesta semana a cumprir duas penas de 31 anos um mês e 10 dias. Foram sentenças para duas ações penais públicas que juntas somam mais de 62 anos de prisão.
Entenda o caso
Os crimes começaram na casa das vítimas em 2011, em Garopaba. Até 2015, o padrasto praticava os atos libidinosos por meio de sexo oral e de carícias nas partes íntimas na enteada de seis anos (na época).
Já entre 2013 e 2017, o homem repetiu os atos com a sua segunda enteada, que tinha 10 anos. De 2017 até 2019, o réu passou a ameaçar a então adolescente para que ela não deixasse de satisfazer suas vontades, ou faria o mesmo com as irmãs mais novas dela.
O crime veio à tona em 2021, quando a mãe se separou dele. A partir de então, o agora ex-padrasto passou a descumprir medidas protetivas de urgência decretadas por causa das ameaças que ele fazia contra as adolescentes.
A mãe relatou em depoimento que só ficou sabendo dos crimes depois da separação, quando a irmã mais velha tomou coragem e contou tudo. Em seguida a mais nova, também se manifestou. O réu já estava preso preventivamente e teve negado o direito de recorrer em liberdade.