O quarto óbito de dengue em Santa Catarina desse ano foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC). O caso foi registrado no município de Camboriú, onde um homem de 49 anos morreu no dia 24 de maio em decorrência das complicações causadas pela doença.
As outras três mortes de dengue do estado foram registradas em Joinville, na região norte: no dia 30 de abril, um paciente de 49 anos; no dia 02 de maio, um de 75 anos; e no dia 13 de maio, um de 33 anos.
Até então, os últimos registros de morte por dengue em Santa Catarina eram do ano de 2016, nos municípios de Chapecó e Pinhalzinho, no oeste.
O ano de 2021 já registra também um recorde de casos da doença em SC. Até o momento foram confirmados 9.839 casos no estado, sendo que no mesmo período em 2020, haviam sido confirmados 9.133 casos. Isso representa um aumento de 8% no número de casos confirmados comparado com o ano passado.
São três municípios em situação de epidemia pela doença: Joinville, Santa Helena e Navegantes. Os dados completos podem ser acessados no boletim epidemiológico divulgado hoje pela DIVE/SC.
Prevenção
Para João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC, a melhor estratégia de prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti continua sendo a eliminação de locais que possam acumular água. “É preciso ação conjunta. Do poder público e da população. O cenário do estado reforça que as medidas de prevenção são necessárias e fundamentais para evitar novos casos e até óbitos”, destaca.
Além disso, os serviços de saúde precisam estar atentos para a suspeição da doença. “O mosquito está presente em Santa Catarina. Então, é preciso estar atento às condições do município e aos sinais do paciente para suspeitar da doença e realizar o manejo clínico correto”, salienta João Augusto.
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.
Transmissão
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. Além de dengue, o mosquito também transmite zika e chikungunya.
A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. Ela escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente. O mosquito adulto surge num ciclo de, aproximadamente, 7 dias.
“Por isso a importância de que cada um observe o seu ambiente ao menos uma vez por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Não esquecer de inspecionar caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo, bandejas de ar-condicionado, entre outros”, finaliza Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.
Fonte: DIVE/SC