Um morador da localidade de Alto da Serra, em Pomerode, foi internado na UTI do Hospital Nereu Ramos em Florianópolis com suspeita de febre amarela nesta terça-feira (18/02/20).
O homem de 45 anos procurou atendimento um dia antes no hospital da sua cidade, depois de sofrer com diarreia e ter febre nos dias anteriores. Ele acabou sendo medicado e liberado no mesmo dia.
Mas os sintomas se agravaram e ele retornou à unidade com dores pelo corpo, forte dor de cabeça e falta de ar. Diante das alterações nos exames, a equipe de saúde optou por interná-lo por suspeita de febre amarela.
Primeiro ele foi enviado à UTI do Hospital Oase, em Timbó. No período da noite ele foi conduzido para o Hospital Nereu Ramos de Florianópolis, que é referência em infectologia. Ele segue na UTI e seu estado de saúde não foi divulgado.
Segundo a Vigilância Epidemiológica de Pomerode o homem não havia se vacinado contra a doença. O município já confirmou casos de febre amarela em dois primatas. Esta é a primeira suspeita de contaminação em humanos.
Primeiro caso de Indaial é registrado em macaco
O registro de um macaco morto por febre amarela aumentou o alerta para a doença em Indaial. A Vigilância Epidemiológica do município confirmou a morte do primata, que foi encontrado em janeiro no bairro Encano do Norte. Este é o primeiro caso de fatalidade do ano na cidade. Outros cinco casos de macacos com suspeita da doença foram registrados neste ano.
Registro de mortes de macacos chega 34 cidades
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) informou na segunda-feira, 17, que já são 34 as cidades catarinenses com registros de macacos encontrados mortos com suspeita de febre amarela.
No total, 326 primatas foram atingidos num período de 50 dias – 29 de dezembro do ano passado até esta segunda, dia 17 fevereiro. A Dive reforça que os macacos não transmitem a doença, mas suas mortes indicam a presença do vírus.
Sintomas da Febre Amarela
A doença tem uma evolução muito rápida e apresenta sintomas como dor de cabeça intensa, dor abdominal, febre de até sete dias, manifestações hemorrágicas e icterícia – caracterizada pela coloração amarela dos tecidos e das secreções orgânicas.
É uma doença grave e transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se prevenir é através da vacina, indicada para todas as pessoas com mais de nove meses de idade.
Segundo a Dive/SC , a cobertura vacinal no Estado está em 85%, mas o ideal é imunizar ao menos 95% da população dentro do público-alvo.