O juízo da Vara Criminal da comarca de Brusque condenou quatro integrantes de um grupo envolvido em um esquema de cobrança, mediante o uso de violência ou grave ameaça.
As vítimas foram dois proprietários de uma empresa têxtil no Vale do Itajaí entre os anos de 2009 e 2010. Eles teriam uma dívida de R$ 140 mil referente à compra de cargas de plumas de algodão.
Os métodos usados foram desde ligações anônimas, disparos de arma de fogo contra a fachada do estabelecimento e residências das vítimas, além do envio de uma coroa de flores fúnebre.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o grupo criminoso era composto por um segurança, um empresário, um motorista, um vigia, um bombeiro militar e três policiais militares que realizavam as coações e as extorsões.
Conforme relatório de investigação policial, o bombeiro militar e os policiais militares não foram indiciados em virtude do determinado na Portaria n. 04/2017, da Corregedoria da Polícia Civil, que transfere para a Justiça Militar o julgamento de militares que cometerem crimes contra civis.
Os demais réus foram condenados pelos crimes de extorsão, mediante concurso de duas ou mais pessoas e com emprego de arma de fogo (por pelo menos quatro vezes) e associação criminosa armada. Juntos, os quatro réus foram condenados a 76 anos. As penas variam de um ano e seis meses a 23 anos e seis meses.
A decisão foi prolatada neste mês (13/1) pelo juiz Edemar Leopoldo Schlösser e é passível de recurso. As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
