O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da Administração Pública Direta e Indireta de Santa Catarina foi lançado nesta segunda-feira, 2, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em Florianópolis. “O Governo do Estado atinge hoje uma maioridade ambiental com este trabalho pioneiro no país. Contudo, ainda é o começo de uma longa caminhada, de gerenciar a emissão dos gases de efeito estufa, desenvolvendo programas de diminuição dos impactos ambientais e olhando para o nosso futuro e das próximas gerações”, declarou o secretário licenciado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen, que representou o governador Raimundo Colombo. Os relatórios do inventário estão disponível no site www.sds.sc.gov.br.
O trabalho foi realizado a partir da análise de emissões das 86 instituições diretas e indiretas da administração pública estadual. A equipe técnica do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) capacitou 113 servidores públicos no método do Programa Brasileiro GHG Protocol. “Antes falar de gestão de economia de baixo carbono, o primeiro passo é medir as emissões. Só o que pode ser medido pode ser gerido”, afirmou o pesquisador do Centro de Estudos em Sustentabilidade, George Magalhães.
O diretor de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da SDS, Daniel Casarin Ribeiro, falou sobre as etapas do trabalho. “Fizemos a sensibilização, nivelando o conhecimento sobre mudanças climáticas, e em seguida, foram feitas diversas capacitações sobre a metodologia”, explicou. Segundo ele, o diferencial sobre o trabalho é que cada órgão governamental tem seu inventário. “Algumas instituições tiveram índices muito baixos de emissões, outras precisam tomar algumas ações para que os resultados melhorem na atualização dos dados, que deverá acontecer em dois anos”, argumentou.
Entre as sugestões a partir dos resultados, Ribeiro citou, como exemplo, o incentivo do etanol e substituição da frota do Governo do Estado e o gerenciamento do consumo de energia com substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes.
No total, em 2012 foram emitidos 735.119,00 toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente. “Estes estudos são fundamentais para servir de subsídios para uma gestão pública responsável”, salientou a secretária em exercício da SDS, Lucia Dellagnelo. Para ela, o resultado deste trabalho é fundamental para que as instituições da iniciativa privada também desenvolvam seus inventários. “Assim será possível fazer um balanço energético do Estado e estas informações podem ser utilizadas para que a sustentabilidade seja cada vez mais um diferencial em Santa Catarina”, concluiu.
via Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável