O naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, o Fritz Müller (1922-1897) será homenageado in memorian nesta quinta-feira (24/11/22), às 19h30, com a Medalha Cultural. Após consulta pública, o Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina acatou a indicação para a sessão solene que ocorrerá no Palácio Cruz e Sousa.
A Medalha Cultural leva o mesmo nome do maior poeta catarinense e que também dá nome ao palácio, que já foi sede do governo do estado. A maior honraria da área cultural em Santa Catarina será entregue simbolicamente em solenidade a ser realizada na noite de 24 de novembro, data de aniversário do poeta simbolista.
Fritz Müller será o homenageado na categoria “em memória”. A comendadora da cultura Melita Bona e o pianista Victor Bona, tataranetos de Fritz, vão receber a honraria em nome dos familiares. Entre os que já receberam a condecoração estão Herbert Holetz, Sueli Petry, Noemi Kellermann, Roy Kellermann, Guido Heuer, entre outros.
João da Cruz e Sousa (1861-1898) foi um poeta brasileiro. Com suas obras Missal (prosa) e Broquéis (poesia), publicadas em 1893, foi precursor do movimento simbolista no Brasil, do qual é o principal expoente. É patrono da Academia Catarinense de Letras, representando a cadeira nº 15. A Medalha que leva seu nome foi criada em 1994, por meio do Decreto nº 4892/94, e tem como objetivo reconhecer importantes feitos em prol do desenvolvimento cultural de Santa Catarina.
O personagem
Johann Friedrich Theodor Müller nasceu na Alemanha em 31 de março, numa pequena aldeia (Windischholzhausen) da Turíngia, próximo à cidade de Erfurt. Filho mais velho de um pastor evangélico, desde cedo revelou interesse pela natureza. Imigrou em 1852 para o Brasil e residiu em Blumenau e Florianópolis. Foi o maior cientista brasileiro do século XIX e um dos mais importantes colaboradores de Charles Darwin.
Além de naturalista, Fritz Müller foi botânico e professor de matemática e ciências naturais. Teve dez filhos com a esposa Carolina, sendo que um menino faleceu ainda nas primeiras horas de vida. Das outras nove filhas, apenas três constituíram família. Deixou uma imensa contribuição para a ciência, sendo citado 39 vezes no livro A Origem das Espécies de Darwin. Além das importantes pesquisas nas áreas da Biologia, Botânica e Zoologia, elaborou poemas para a alfabetização das filhas.
Com informações de Sérgio Antonello, da SECOM/BNU