Por *Ana Paula S. Gobo (Fisioterapeuta 47 3066-1330 / 99124-7181)
O nervo ciático (isquiático) é o maior nervo do corpo humano e tem sua origem na coluna lombar, passando pela região glútea, região posterior de coxa e joelho, panturrilha até chegar ao pé. Ele é o responsável pela inervação de grande parte dos membros inferiores (pernas).
A ciatalgia (ou dor ciática), não é uma doença e sim um sintoma decorrente da irritação do nervo ciático ao longo do seu trajeto, e poderá ser amenizada ou resolvida ao tratar a sua causa. Essa irritação pode ocorrer por diversos fatores como: alterações na coluna lombar (protrusão de disco intervertebral ou hérnia discal, osteoartrose, espodilolistese, etc), gravidez (alteração do centro de gravidade e maior sofrimento das estruturas da coluna lombar), aderências e fibroses formadas nas cicatrizes, pontos gatilhos musculares, síndrome do piriforme (músculo localizado na região glútea que pode comprimir o nervo) ou compressões em qualquer outro ponto do percurso do nervo, uma vez que ele atravessa vários músculos, fáscias, membranas e tendões.
FATORES DE RISCO:
Os fatores de risco mais relevantes para o desenvolvimento de ciatalgia são:
- Obesidade: pelo aumento da pressão sobre a coluna vertebral, sobrecarregando músculos e ligamentos da coluna e dos membros inferiores (pernas);
- Envelhecimento: a idade provoca mudanças estruturais naturais na coluna vertebral;
- Sedentarismo: a falta de exercícios físicos leva a um enfraquecimento da musculatura que estabiliza a coluna deixando-a mais suscetível as lesões;
- Hábitos posturais: causam alterações musculares e ligamentares que podem gerar sobrecarga nas estruturas corporais.
A ciatalgia pode ser de instalação súbita ou progressiva, sendo muitas vezes precedida de uma lombalgia e comumente surge em apenas um dos lados (mas também pode acometer ambas as pernas) e pode se manifestar de diferentes formas, dependendo de cada indivíduo, podendo gerar sintomas que vão desde um desconforto local, até perda de força, sensações de formigamento, queimação, dor que aumenta ao alongar a perna, choques e fisgadas no trajeto do nervo (da coluna até o pé). A localização e extensão dos sintomas irá depender da estrutura que está pinçando (machucando) o nervo e a dor pode ser inconstante ou permanente, podendo tornar-se incapacitante.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito através do levantamento da história clínica do paciente, associado a um exame físico (onde são aplicados testes específicos para identificar qual estrutura está pinçando o nervo) e exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética, RX) que podem ajudar a confirmar o diagnóstico. A partir desta avaliação o fisioterapeuta tem as ferramentas necessárias para elaborar o melhor plano de tratamento para a resolução destes sintomas.
TRATAMENTO
O tratamento para a dor no nervo ciático deve ser direcionado para identificar e corrigir as causas responsáveis pela compressão desse nervo. A osteopatia (uma especialidade da fisioterapia) busca tratar não apenas os sintomas, mas principalmente a causa do problema, visto que em muitos casos a região dos sintomas não é o local onde está o problema. Após uma avaliação minunciosa, o uso de técnicas de osteopatia é capaz de acelerar o processo de recuperação pois devolve ao corpo a mobilidade (movimentação adequada) das articulações, nervo e músculos que estão relacionados com a dor ciática. A cirurgia só deve ser indicada em casos especiais e devidamente avaliados pelo médico especialista.
Cada paciente é único e apresenta condições muito específicas ao desenvolver a dor ciática, portanto, o tempo de cura vai depender além da gravidade da doença, dos hábitos de vida do paciente.
Ana Paula S. Gobo – Fisioterapeuta (CREFITO 215176-F)
Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Formação em Terapia Manual pelo ITAP, Pós-Graduanda em Osteopatia pela Escola de Osteopatia de Madrid, Fisioterapeuta do ITC Vertebral – Unidade Blumenau
(47) 3066-1330 / 99124-7181
E-mail: blumenau@itcvertebral.com.br