Filme plástico biodegradável alerta consumidor sobre estado do alimento

Tecnologia desenvolvida pela Furb prolonga a vida útil dos produtos e informa o consumidor sobre a conservação dos alimentos através de mudança de cor.

Imagem ilustrativa: OBlumenauense

Um novo filme plástico biodegradável desenvolvido pela Universidade Regional de Blumenau (Furb) promete revolucionar a conservação e a segurança dos alimentos. O projeto, fruto de pesquisas realizadas no programa de pós-graduação em engenharia química da instituição, não só contribui para a preservação dos produtos embalados, mas também informa o consumidor sobre o estado de conservação do alimento.

A pesquisa que resultou na elaboração final do produto foi conduzida pela então mestranda Eduarda Mueller, sob orientação da professora Carolina Krebs de Souza, Doutora em Química e Toxicologia dos Alimentos e professora titular do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da FURB. O estudo beneficiou-se de pesquisas anteriormente realizadas no âmbito do programa que já se dedicavam ao estudo das propriedades da erva-mate e ao desenvolvimento de filmes biodegradáveis.

De acordo com Souza, o filme plástico é feito a partir de fécula de mandioca, farinha de ervilha e extrato de erva-mate. Este último ingrediente confere ao produto propriedades antimicrobianas e antioxidantes, prolongando a vida útil dos alimentos. Além disso, o filme muda de cor conforme o pH do alimento se altera, indicando ao consumidor se o produto ainda está bom para consumo.

Testes realizados revelaram que o filme biodegradável acrescido de extrato de erva-mate prolongou o tempo de prateleira do produto embalado – no caso estudado, tilápia refrigerada – de 8 para 12 dias.  A tecnologia retardou significativamente a oxidação e a proliferação microbiológica, se comparado ao filme sem o extrato. Esse benefício duplo atende tanto às necessidades da indústria, ao aumentar a durabilidade dos produtos, quanto à demanda crescente por embalagens sustentáveis por parte dos consumidores.

O projeto já teve a patente depositada e aguarda análise pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Empresas interessadas no licenciamento da tecnologia podem procurar a Agência de Inovação Tecnológica da Furb (AGIT).

Confira a entrevista com a professora Carolina Krebs de Souza


 

 


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