Facisc e Acib pedem explicações ao DNIT sobre as condições de pontes em rodovias federais de SC

De acordo com as entidades empresariais, as estruturas foram classificadas como estando em situação crítica ou ruim.

BR-280 tem cinco pontes que demandam atenção em Santa Catarina | Foto: DNIT/SC

A situação de 11 pontes em estado crítico ou ruim nas rodovias federais de Santa Catarina preocupa o setor empresarial, que destaca os impactos negativos que problemas nas estruturas podem acarretar. O obetivo é evitar tragédias como a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre o Maranhão e Tocantins, que desabou no dia 22 de dezembro (2024) matando 14 pessoas.

Entidades como a Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), que representa mais de 44 mil empresários, e a Acib (Associação Empresarial de Blumenau) enviaram um ofício ao superintendente do DNIT no estado, Alysson de Andrade, pedindo esclarecimentos e ações concretas para evitar prejuízos maiores. As pontes que merecem atenção estão nas BRs 280 (cinco), 470 (três), 101, 158 e 477 (uma em cada rodovia).

O documento da Facisc, assinado por seu presidente, Elson Otto, ressalta a necessidade de segurança preventiva e informações claras sobre as condições das estruturas no Estado e o planejamento de manutenção. “Compreendemos que, após os recentes acontecimentos em nosso país, a existência da segurança preventiva nas estruturas viárias é fundamental não apenas para a mobilidade, mas também para a proteção da vida e do patrimônio dos cidadãos. Diante desse cenário, e para sanar eventuais dúvidas da melhor maneira possível, oriundas dos nossos associados, seria de grande valia que o DNIT fornecesse mais informações sobre o estado atual dessas pontes, bem como detalhes sobre as medidas que estão sendo adotadas para sua recuperação e manutenção”, expressa o documento, assinado pelo presidente da Facisc, Elson Otto, afirma.

Christiane Buerger, presidente da Acib, reforça que uma infraestrutura confiável é indispensável para a competitividade econômica de Santa Catarina. “Como representantes do setor empresarial, é nossa responsabilidade zelar pela infraestrutura que sustenta as atividades das empresas e garante a mobilidade das pessoas. A existência de pontes em estado crítico ou ruim é um alerta que não pode ser ignorado. Por isso, unimos nossa voz à Facisc para reforçar a necessidade de transparência e agilidade nas ações do DNIT. A Acib se coloca à disposição, tanto dos empresários quanto do Governo, para o diálogo e a construção de uma solução em conjunto”, explica.

O fechamento de uma ponte em uma rota estratégica pode, por exemplo, causar um efeito em cadeia na economia local e regional. Caminhões podem ser obrigados a desviar por trajetos mais longos, aumentando custos com combustível e tempo de viagem. Empresas que dependem de transporte rápido de insumos ou mercadorias, como indústrias têxteis, metalúrgicas e agrícolas, correm o risco de atrasar suas operações, perder contratos e enfrentar dificuldades para atender mercados nacionais e internacionais.

A mobilização do setor empresarial demonstra a importância de planejar e executar ações de manutenção que evitem a interrupção de trechos cruciais. Além disso, reforça a necessidade de diálogo entre governo e sociedade para garantir que as rodovias catarinenses sigam como suporte essencial para o desenvolvimento e a competitividade do estado.