Na manhã desta quinta-feira (21/03/19) uma Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro foi cumprir dois mandados de prisão expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal da cidade. Um deles foi contra o ex-presidente da República Michel Temer que já foi preso, e o outro contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia, mas ainda não encontrado.
Desde ontem (20), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, causando atraso na operação prevista para as primeiras horas da manhã de hoje (21). Ele responde a dez inquéritos, cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF) e foram abertos enquanto ainda era presidente. Os processos foram encaminhados à primeira instância assim que ele deixou o cargo.
Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância.
Uma das investigações, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que disse à Polícia Federal ter pago R$ 1 milhão em propina. Teria sido a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento de Temer. A empresa fechou contrato em um projeto da usina de Angra 3.
Michel Temer (PMDB) foi o 37º presidente da República do Brasil, eleito vice na chapa de Dilma Rousseff por duas vezes consecutivas. Ele assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma e ficou até o final do mandato, em dezembro de 2019.
Formado em direito, Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no governo estadual de São Paulo. Na década de 1980, período final da ditadura, ele foi deputado constituinte e alguns anos depois, deputado federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos.
