Após completar um ano do término da obra de recuperação da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú, um estudo da empresa contratada para acompanhar e avaliar o perfil da orla, mostrou estabilidade nas partes emersa e submersa. É o que diz a prefeitura do município, que recebeu o relatório na semana passada comparando a orla nos meses de dezembro de 2021 e 2022.
“Mesmo com as fortes ressacas e chuvas que ocorreram ao longo de 2022, que tiveram como resultado o aparecimento de escarpas e lagunas, efeitos já esperados, não houve alteração significativa no perfil da praia, demonstrando que a obra é um sucesso e cumpre sua função de proteção costeira com eficácia”, pontua o prefeito Fabrício Oliveira.
Apesar da maior parte da praia estar estável, foram identificadas algumas modificações na parte extrema da porção sul. A situação era esperada pelo fato do processo de erosão costeira naquela área ser mais intenso, já que recebeu uma quantidade maior de areia. Ela veio do trecho norte, já que durante a obra, foi identificado um excedente causado por uma deposição natural na construção do molhe do Marambaia.
Os estudos foram feitos pela empresa CARUSO JR Estudos Ambientais e Engenharia LTDA, contratada em julho de 2021 como condicionante do licenciamento ambiental da Obra de Alargamento da Praia Central. Desde então, ela implanta o Programa Básico Ambiental onde são executados os 21 Programas estabelecidos na Licença Ambiental de Instalação (LAI) nº 7622/2020.
“A maior parte dos programas foram executados no período em que as obras estavam acontecendo e com frequência de análise mensal ou diária. Após as obras alguns programas, que se estendem até julho de 2024, continuam avaliando a praia”, informa a secretária do Meio Ambiente, Maria Heloísa Lenzi.
Dentre esses programas estão o Programa de Acompanhamento do Clima de Ondas e da Dinâmica Praial (PACOAP), Programa de Monitoramento do Perfil Praial (PMPP) e o Programa de Monitoramento das Cotas Batimétricas da Enseada de Balneário Camboriú (PMCBECB), que tem como principal objetivo realizar o acompanhamento dos parâmetros físico-oceanográficos envolvidos na circulação oceânica, monitorando as possíveis modificações morfológicas do perfil praial da porção emersa da Praia Central, além do acompanhamento das cotas batimétricas da enseada. Essas informações são fundamentais para avaliar o comportamento dos sedimentos depositados na praia e se este comportamento corresponde ao esperado e avaliado nos estudos prévios à obra, tais como o EIA/RIMA e Projeto Excecutivo.
“A topobatimetria da orla da Praia Central mostra uma já esperada perda maior na parte extrema do sul da praia, onde já temos estudos para uma obra de estabilização da erosão naquele local, mas, no geral, na quase extensão total da orla, o que se observa é uma grande estabilidade no aterro que foi feito, e que manteve a praia em condições muito próximas da praia original”, conclui o engenheiro Rubens Spernau, um dos fiscais da obra de recuperação da Praia Central de Balneário Camboriú.
Fonte: Prefeitura de Balneário Camboriú (SC)