Estudo indica defasagem de 14,11% nos fretes

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Texto: Giovani Vitória

Uma pesquisa realizada junto a mais de 250 empresas de transporte de todo Brasil indica uma diferença de 14,11% entre os fretes praticados e os custos efetivos. O estudo foi coordenado Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).

A diferença tem origem, principalmente, na inflação dos insumos que compõem os custos, bem como, das defasagens de frete que vem se acumulando ao longo dos últimos anos. Embora parte do mercado tenha se mostrado sensível às necessidades da recomposição dos fretes, isso não tem efetividade na prática. Prova disso são as dificuldades que as empresas de transporte estão enfrentando para vislumbrar a recuperação de suas margens.

As pressões sobre os custos do setor de transporte cresceram de maneira exponencial. Entre as principais pode-se citar: o aumento das restrições à circulação de veículos nos centros urbanos, barreiras fiscais, ineficiência de terminais de embarcadores, questões trabalhistas e o aumento significativo de exigências operacionais, comerciais e ?nanceiras por parte dos clientes.

As precárias condições da infraestrutura e a escassez de mão-de-obra qualificada, especialmente de motoristas, também contribuem para complicar o cenário, segundo Osmar Ricardo Labes, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (SETCESC).

Outro problema que vem se agravando nos últimos anos É o roubo de carga. Esse evento vem se proliferando por todo o Brasil, exigindo das empresas de transporte grandes investimentos em segurança patrimonial.

Os aumentos das tarifas públicas, como dos combustíveis, cujos preços se elevaram em torno de 13,49%, não podem ser desconsiderados. Um reajuste que causa um efeito cascata.