A economia colaborativa está inspirando uma das mais tradicionais indústrias de refrigerantes do país que completará um século em 2025. Estamos falando da Max Wilhelm, com sede em Blumenau, que decidiu compartilhar a estrutura de mais de 300 mil metros quadrados de área com outras indústrias de bebidas. O modelo inédito de coworking industrial para o setor, já está alterando o parque fabril para receber os primeiros parceiros.
Na prática, o compartilhamento do complexo industrial vai funcionar no mesmo modelo dos escritórios divididos que se difundiram pelo mundo: cada marca terá o seu espaço e equipamentos dedicados, mas elas poderão compartilhar tanto aspectos estruturais, como tratamento de efluentes e fonte de água e energia, quanto questões mais estratégicas – a logística, por exemplo.
A ideia, de acordo com a diretora-executiva da Max Wilhelm, Natália Schmitt, é ampliar a competitividade para as marcas envolvidas. “Nós já atuamos em um modelo bastante cooperativo no sentido estratégico, trocando informações e compartilhando conhecimento entre marcas complementares. O coworking é um passo mais ousado neste sentido, mas muito importante para ampliar oportunidades de mercado para todos os negócios que estarão conosco”, diz.
A Max Wilhelm produz mais de 1 milhão de litros por mês. Além do produto mais tradicional e reconhecido pelos catarinenses, a Laranjinha, a marca atua ainda com outros sabores de refrigerantes, águas tônicas, bebidas alcoólicas e energéticos. A fábrica fica no bairro Itoupava Central, em Blumenau.