Texto: Camile Magalhães
O que não falta no calendário de 2015 são feriados. Incluindo Natal, Ano Novo e Carnaval, serão 19 dias de feriados no Brasil nesse ano, quase um mês de dias úteis. Tantas folgas extras podem não prejudicar e, sim, ajudar no foco e na concentração. É o que argumenta o Executive Coach da Effecta Coaching, Fabiano Goldacker. “Pesquisas na Europa mostram que essas ‘quebras de rotina’ são benéficas para a saúde mental e tendem a fazer com que a pessoa volte reenergizada”.
A Master Coach da Effecta Coaching, Janaina Manfredini, esclarece que outros itens são bem mais prejudicais para o desempenho dos colaboradores. “Atualmente, o que mais atrapalha a concentração e o foco não é a ‘tensão pré-feriado’ ou os dias que a gente deixa de trabalhar, mas os ladrões de tempo que agem no dia a dia, como celulares e seus aplicativos, redes sociais, e-mails e telefone, por exemplo”.
Para os coaches, a quebra na rotina tende a gerar bons resultados para a produtividade da pessoa, sobretudo se ela trabalha em atividades administrativas ou burocráticas. No caso do setor produtivo, é preciso pensar em estratégias para que os dias a menos de trabalho não causem uma queda brusca nos resultados. “Menos dias trabalhados, menos dias de produção, que até podem ser compensados com hora extra por empresas industriais. Só que isso tem um custo alto. Quem atua no varejo ou na prestação de serviços não tem como recuperar esses dias parados”, ressalta Fabiano.
Porém, como os feriados não são novidade, ou seja, todos sabem quando vão acontecer, é possível que seja feito um planejamento prévio das ações que devem ser tomadas nos meses de folgas prolongadas. “O gestor deve alinhar com a sua equipe uma estratégia diferenciada para alcançar os resultados naquele mês, pois os dias a menos de trabalho precisarão ser compensados ao longo do mês de alguma forma. E quando falo em compensação não me refiro à compensação de horas, e sim das ações que garantirão que o resultado daquele mês será atingido muito embora ele seja mais curto”, analisa o Executive Coach.
