Escolas de Blumenau recebem ação de conscientização sobre o tabagismo

Iniciativa é voltada aos estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental das instituições municipais, estaduais e particulares

Em 31 de maio, é celebrado o dia Mundial Sem Tabaco. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que o uso de tabaco ocupa o segundo lugar no ranking de drogas mais experimentadas no Brasil.

A idade média de experimentação entre os brasileiros é de 16 anos, tanto para meninos, quanto para meninas, e a frequência de fumantes jovens do sexo masculino tende a ser maior. Os estudos indicam, também, que a experimentação de tabaco é maior entre estudantes da rede pública de ensino.

Por isso a Secretaria de Promoção da Saúde (Semus) irá realizar uma ação de conscientização sobre o tabagismo nas escolas municipais, estaduais e particulares de Blumenau. A iniciativa, voltada aos estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, acontecerá no último dia do mês de maio nas instituições de ensino das sete regiões de Blumenau inscritas na ação. O objetivo é alertar sobre os malefícios do tabaco.

“Precisamos conscientizar esses estudantes sobre os malefícios que o tabagismo traz à saúde. O uso do tabaco é a principal causa evitável de morte no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano, sendo mais de sete milhões dessas mortes, consequências diretas do uso, e cerca de 1,2 milhão, resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. No Brasil, 443 pessoas morrem por dia por causa da dependência à nicotina, principalmente, pelo câncer, doença cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica e 10% dos fumantes chegam a reduzir sua expectativa de vida em 20 anos”, diz a coordenadora municipal do Programa de Controle do Tabagismo, Danielle Monllor.

A coordenadora acrescenta que, o tabaco é considerado por muitos como ‘porta de entrada’ para o uso de drogas ilícitas, porque, frequentemente, os usuários de álcool, maconha ou outros narcóticos, fizeram uso, inicialmente, de cigarros e outros produtos derivados do tabaco, como narguilé e palheiros.

“Fora que o narguilé e os cigarros eletrônicos viciam, porque grande parte desses dispositivos possui nicotina. O narguilé, por exemplo, parece inofensivo, no entanto, uma única sessão equivale ao uso de 100 cigarros, e existem diversos modelos que contêm substâncias tóxicas que causam câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, sendo que, a maioria leva à dependência”, finaliza.

Danielle aproveita para alertar que, se a pessoa deseja parar de fumar, o Sistema Único de Saúde (SUS) do município conta com oferta de tratamento para cessar o vício. “Para mais informações, busque por sua unidade de saúde de referência”, finaliza a coordenadora.

Com informações de Elaine Malheiros, da SECOM/BNU