A FECOMÉRCIO divulgou dados sobre o endividamento das famílias blumenauenses no mês de Outubro. Em Blumenau, o quadro se manteve em 44% na comparação mensal. Na variação anual, houve aumento de 1,5 pontos percentuais (p.p.). Também se registrou alta no número de famílias com contas em atraso, de 8,8% para 9,1%. E no percentual das que não terão condições de pagar suas dívidas, acréscimo de 0,3 p.p., passando de 1,9% para 2,2%.
Em relação ao percentual dos muito endividados, em outubro o índice ficou 4,9%, o mais baixo entre as cidades analisadas — Chapecó, Florianópolis, Itajaí e Joinville. Na faixa dos mais ou menos endividados o mês de outubro apresentou um resultado de 23,6%. Quanto aos pouco endividados, 15,6%, também o índice mais baixo entre as cidades. Por fim, aqueles que responderam não ter dívidas desse tipo somam 56,0%.
O cartão de crédito é o principal agente de endividamento, segundo as famílias entrevistadas em todas as cidades. Em Blumenau, ele corresponde a 71,0% das dívidas. Em segundo, terceiro e quarto lugares aparecem, respectivamente, os carnês (61,5%), o crédito consignado (48,6%) e o financiamento de carro (41,0%).
As famílias de Blumenau afirmaram que, em outubro, o tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 8,7 meses, índice maior do que os 8,4 meses verificados em setembro. Nos dados gerais do Estado, em outubro as famílias têm 31,5% da renda comprometida com dívidas. Já em Blumenau, este dado está acima da média, com 34,8%, sendo que no més anterior era de 34,5%.
Na análise das contas em atraso, tem-se uma alta na comparação entre setembro e outubro, de 20% para 20,7%. Dentre as famílias com contas em atraso, 24,3% afirmaram que não terão condições de pagar totalmente suas dívidas. Em geral, a média de tempo em dias para quitação das dívidas em atraso ficou em 55,8 dias, tempo menor do que o apurado no mês anterior (64,7 dias).
Diante de tais dados, pode-se concluir que a estabilidade no nível de famílias endividadas contribui para a boa condição do endividamento dos blumenauenses. O percentual da renda comprometida com dívidas é estável e está sob controle. As famílias pouco ou mais ou menos endividadas são maioria e as condições de pagamento melhoraram. Além disso, o tempo de quitação das dívidas em atraso diminuiu e o percentual de famílias que não irão conseguir pagar suas dívidas futuras é pequeno, o que garante um crescimento das vendas sustentável e sem perigo para a situação financeira das famílias da cidade.
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