Vans que fazem o transporte de estudantes e de trabalhadores das empresas em Blumenau fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (3/05/23) em frente à sede do Legislativo e da Prefeitura.
“O nosso manifesto é em resposta ao que recentemente foi noticiado que Blumenau e servidores elegeram o fretamento com o culpado pela diminuição dos usuários do transporte coletivo na cidade, colocando nosso serviço em xeque, dizendo que não é regulamentado”, disse Virginio do Nascimento Neto, representante da categoria.
O setor de fretamento possui cerca de 140 veículos em circulação e passa por vistorias de quatro em quatro meses, que atendem várias exigências, como curso de direção defensiva, exames toxicológicos, antecedentes criminais, entre outras exigências.
Sobre a possibilidade de burocratização do serviço, Neto declarou que a categoria gostaria de participar das negociações. “O fretamento privado existe em Blumenau há mais de 20 anos, nunca tiramos passageiros de ninguém. Talvez o empresariado, por insegurança de não ter seus funcionários, por greve e tudo mais, pensou e resolveu contratar vans, que pega os trabalhadores em casa, garantindo que o seu colaborador vá trabalhar”, finalizou.
Nota da prefeitura
Com relação ao manifesto realizado nesta manhã por representantes dos serviços de fretamento na cidade, a Prefeitura de Blumenau reitera que recebeu com surpresa a informação deste ato, já que não há em pauta neste momento nenhuma proposta de regulamentação ou alteração do serviço.
No fim do ano passado a Prefeitura de Blumenau encaminhou para a Câmara de vereadores um projeto de lei que visava garantir ainda mais a segurança de quem utiliza este serviço. Um dos objetivos era reduzir a idade da frota de 15 para dez anos, diminuindo o risco grande de depreciação dos automóveis assim como acontece no transporte coletivo, que tem idade de frota máxima estabelecida em oito anos. Além disso a proposta da Prefeitura ainda pretendia que os carros passassem anualmente por uma inspeção do Inmetro. O projeto de lei foi retirado de pauta em março.
Com informações da jornalista Jamile Cardoso.