Fotos e entrevistas: João Paulo Taumaturgo | Texto: Claus Jensen
O Festival Nacional da Cerveja apresentou números excelentes de crescimento nesta edição. No último dia, sábado (12/3/16), o Parque Vila Germânica recebeu 19.059 pessoas, 14,67% a mais do que em 2015. Segundo a organização, houve recorde de público com a presença de 41.010 pessoas (+18,27%) em todos os dias do festival.
No sábado aconteceu um protesto dos cervejeiros contra a abertura do pavilhão Eisenbahn Biergarten, sem poderem comercializar seus produtos lá dentro. Como todos sabem, a Brasil Kirim, dona da marca Eisenbahn, ajudou a construir o local e vende somente os seus produtos no local. O pavilhão acabou não abrindo e toda programação prevista para o local foi transferida para os outros dois pavilhões onde acontecia o festival.
O João Paulo Taumaturgo conversou com dois participantes que tiveram cervejas premiadas. Márcio Santos, é um dos diretores da Cervejaria Tupiniquim, de Porto Alegre/RS, que conquistou o prêmio de melhor Cervejaria do ano no Concurso Nacional da Cerveja, na última terça-feira (8) .
OBlumenauense: Qual o balanço do Festival Brasileiro de Cervejas para a Tupiniquim?
Márcio Santos: Foi mais um ano muito positivo, o festival brasileiro de cerveja é referência para nós no Brasil. Tem muitos festivais surgindo mas com certeza é o mais organizado, e que mais valoriza a marca ao longo do ano.
OBlumenauense: Há quanto tempo vocês participam e o considera melhor em relação ao ano passado?
Márcio Santos: A cervejaria completou dois anos agora, e esse é o segundo ano que participamos. É difícil pensar no que o festival pode melhorar, porque é muito bem planejado. Para mim está perfeito.
OBlumenauense: Qual você acha o ponto mais interessante no festival, tirando a cerveja?
Márcio Santos: Para mim são as pessoas, porque é um público muito acolhedor e interessado. Nós temos uma certa dificuldade em atender rapidamente. O ambiente é muito propício, a culinária excepcional, então é um evento demais.
OBlumenauense: Como você avalia Blumenau como sede do Festival Nacional da Cerveja?
Márcio Santos: Eu morei 18 anos em Balneário Camboriú, então sempre fui um visitante assíduo de Blumenau. Eu trabalhei durante um tempo aqui, então tanto como visitante como profissional, considero uma das cidades mais organizadas de Santa Catarina.
Fernando Lapolli é da Cervejaria Blumenau, a mais nova da cidade, fundada em 2015, mas já com um prêmio internacional conquistado na Inglaterra.
OBlumenauense: Esse é o primeiro ano que vocês participam do Festival Brasileiro de Cerveja. Qual sua avaliação?
Fernando Lapolli: Superou totalmente as expectativas, tanto que se eu tivesse ido embora na quarta-feira, já estaria totalmente satisfeito. O público compareceu em massa, muitas pessoas curiosas para experimentar os produtos. A grande maioria ainda não teve a oportunidade e também os blumenauenses que continuam prestigiando nossa cerveja.
OBlumenauense: O que representa para você esse Festival de Cerveja em Blumenau?
Fernando Lapolli: Acho muito bom, porque é uma vitrine para todo Brasil, principalmente agora que isso está começando a ser melhor explorado, com ações para que Blumenau se transforme a capital nacional da cerveja.
OBlumenauense: Para você qual é o ponto alto do festival tirando a variedade de cervejas?
Fernando Lapolli: É muito bom rever os amigos, já que é difícil reunir o setor cervejeiro, porque existem poucos eventos nacionais que reúnem tantos profissionais da área. Aqui conseguimos trocar ideias, conversar e até promover algumas mudanças no setor, principalmente em relação à tributação.
OBlumenauense: A Cerveja Blumenau teve uma variação premiada. Qual foi?
Fernando Lapolli: Esse ano os juízes do concurso foram muito criteriosos, o que eu vejo de forma positiva. Nós ganhamos uma medalha de bronze na categoria Belgian Blond Ale com nossa cerveja Brida. Esse concurso já se consolidou como o principal da América do Sul em cervejas. Eu tomei de várias cervejarias não premiadas aqui do festival, e as que ganharam realmente estão muito boas.
