Em 2020, mais de 78,6 mil pessoas morreram em decorrência de um AVC no Brasil

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

 

 

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Por Nicolle Esthal

Hoje, 29 de outubro é o Dia Mundial do AVC, acidente vascular cerebral. A data serve como um alerta à população para lembrar que essa é a segunda principal causa de mortes no Brasil. O que mais chama atenção, é o número de pessoas que o derrame, como é popularmente conhecido, afeta e as sequelas que pode provocar. Por isso uma campanha incentiva a adoção de comportamentos preventivos.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), só em 2017 foram registradas cerca de 101,1 mil mortes tendo a doença como causa. Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ressalta que este ano, entre 1º de janeiro e 16 de outubro, 78.649 pacientes faleceram após sofrerem um AVC. Esse número é um pouco menor do que o registrado em todo no ano de 2019, com 79.984 óbitos pela mesma causa.

Do total levantado pela entidade em 2020, 50.201 aconteceram entre março e setembro, os primeiros sete meses de pandemia de Covid-19 no país. A quantidade é menor à registrada no mesmo período no ano anterior, com um total de 60.400 mortes. Essa queda de 16,8% nos casos, é explicada pelo fato de muitas pessoas morrerem em casa durante a crise sanitária, impedindo que médicos e demais profissionais da área da saúde pudessem identificar a verdadeira causa dos falecimentos, segundo a SBC.

Os grupos com mais casos de óbitos por AVC, são compostos por homens na faixa etária de 70-79 anos, mulheres entre 80-89, seguidos por homens entre 80 e 89 e mulheres entre 70 e 79. Os dados evidenciam a idade como um fator que influencia nas chances de desenvolvimento do quadro.

Alguns fatores de risco podem ser controlados, reduzindo a fragilidade a doenças cardiovasculares, como o sedentarismos, o tabagismo, o uso abusivo do álcool e a apnéia do sono que pode aumentar em 3,7% as chances de se desenvolver tais enfermidades. Ou seja, hábitos saudáveis podem ajudar, e muito, a evitar a aparição e evolução dessa doença.

Além disso, a SBDCV (a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, complementando as informações levantadas pela SBC, também destaca que aproximadamente 70% das pessoas afetadas pelo AVC, não têm mais condições de voltar à sua vida ativa profissional, por conta das sequelas que o derrame causa e, acabam precisando de cuidadores para auxiliá-los em suas tarefas diárias.

Uma curiosidade que a SBDCV pontua, é o fato de que mesmo o AVC atingindo pessoas acima de 60 anos com maior frequência, os casos desse tipo de derrame em jovens tem se tornado cada vez mais constante, podendo inclusive, afetar crianças.

Então vamos ficar de olho nas pessoas que amamos e incentivá-las a aderir uma vida mais saudável. Sejam elas idosos, jovens ou crianças. A dica é cuidar tanto da nossa máquina, que o nosso corpo, quanto das pessoas que amamos.

Sintomas

O AVC é a formação de um déficit neurológico súbito, causado por uma falha nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Pode ser dividido em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro, que responde a 85% dos casos, deriva da obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral e desencadeia a falta de circulação no seu território vascular.

Já o hemorrágico tem origem em uma ruptura espontânea de um vaso, que pode ser um aneurisma e faz com que o sangue preencha o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou o espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).

Os principais sintomas do AVC são: fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, confusão mental, alterações na fala, compreensão, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o ideal é que seja atendido o mais rápido possível.

Com informações da Agência Brasil