Em 2020, Blumenau foi o município com mais notificações de febre amarela em Santa Catarina

 

 

 

 

O relatório divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina nesta segunda-feira (1/0 6/20), mostrou os dados dos principais municípios em que houve notificações da doença. Blumenau é a cidade que aparece com mais notificações, 29, dos quais foram confirmados 7 casos e descartados 22.

Três são moradores do bairro Itoupava Central (26, 31 e 43 anos), dois do Passo Manso (18 e 37) e um da Itoupavazinha (59). O sétimo não foi informado. Em Blumenau já foram aplicadas 35 mil doses da vacina contra a febre amarela, a única forma de prevenir a doença.

No total, foram recebidas 114 notificações em Santa Catarina nestes primeiros cinco meses do ano, sendo 17 confirmados, seis em investigação e 91 descartados. A segunda cidade também é da região: Pomerode. O município relatou oito notificações, 2 confirmações, dois casos em investigação e quatro descartados.

Os outros municípios com mais casos confirmados de febre amarela são Indaial (4), Pomerode (*5), Camboriú (1), Jaraguá do Sul (1) e São Bento do Sul (1). Uma notificação de Pomerode foi de um morador de São Paulo que estava na cidade. A conclusão é que o Médio Vale do Itajaí é a região que mais concentrou casos no estado.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou duas mortes por febre amarela em Santa Catarina nesse ano. A primeira foi em março na cidade de Balneário Camboriú. A vítima, um homem de 42 anos, começou a apresentarna  os sintomas da doença no dia 27 de fevereiro, mas só procurou atendimento médico em 2 de março e morreu no dia seguinte.

Em Indaial (SC), no dia 13 de março, um homem de 57 anos, também não resistiu às complicações da doença e morreu. Nenhum dos dois tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), que é oferecida gratuitamente nos postos de saúde.

A febre amarela uma doença infecciosa febril aguda, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Em ambiente silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus, e os macacos são os principais hospedeiros, mas não transmitem.

Os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em contato ou mora próximo às matas e é picada por um mosquito contaminado. No ciclo urbano, o vírus é transmitido ao homem pelos mosquitos Aedes aegypti. O Brasil não registra febre amarela urbana desde 1942, ou seja, somente de quem foi picado em ambiente silvestre.