Segundo o Ministério da Previdência Social, o estresse e as dores decorrentes de posição inadequada durante o expediente são as principais causas de concessão de auxílios-doença.
Quem nunca saiu da empresa com aquela dor nas costas, dor de cabeça ou estressado? Uma das causas para estes incômodos pode ser mais simples que imaginamos. A cadeira articulada de forma incorreta, o monitor do computador muito próximo ou distante, em altura errada, o levantamento de peso de forma errada, além da coluna curvada, são os principais vilões.
Segundo a fisioterapeuta do trabalho e diretora da Long Life Fisioterapia, Claudia Wanderck, a adequação do local de trabalho é fundamental para garantir a saúde e bem-estar dos profissionais. “Além disso, quem trabalha sem dor produz mais, sente menos desconforto e tem menos lesões, evitando, consequentemente, o absenteísmo (ausência do trabalhador na empresa)”, conta.
A fisioterapeuta alerta que o laudo ergonômico, documento que atesta as boas condições dos locais de trabalho é obrigatório, de acordo com a Norma Regulamentadora R 17 (Lei nº 6514/77 – Portaria nº 3751/90), para companhias que possuem empregados que realizem levantamento de cargas, que exigem postura forçada ou façam movimentos repetitivos. “Porém ainda são poucas as empresas que estão dentro da norma. Além disso é importante salientar que não é só por questão de lei mas pela produtividade da empresa e saúde dos colaboradores que se deve tomar cuidado com os postos de trabalho”, lembra Claudia.
A fisioterapeuta lembra ainda que não são apenas escritórios que devem estar atentos. O setor industrial, que conta com profissionais que atuam o dia todo de pé, carregam peso e realizam movimentos repetitivos, deve estar atento a estes cuidados. Além das mudanças nos postos de trabalho, ações como a ginástica laboral e palestras sobre ergonomia são fundamentais para reduzir os afastamentos. “O profissional é a alma da empresa, sem ele não há produção nem cliente bem atendido. Adotar ações que visam a saúde e qualidade de vida deles não é gasto e, sim, investimento”, completa.
Texto: Sabrina Hoffmann