Dive constata aumento no número de focos do Aedes aegypti em SC

Foto (arquivo): James Tavares | SECOM/SC
Foto: James Tavares | SECOM/SC

 

Do início de janeiro a 8 de abril deste ano, foram identificados 4.518 focos do mosquito Aedes aegypti em 116 municípios catarinenses, exatamente 300 a mais do que o registrado neste mesmo período em 2016. Desses municípios, 55 são considerados infestados. Os dados constam no Boletim Epidemiológico n° 08/2017 – Vigilância Entomológica do Aedes aegypti, e situação epidemiológica da dengue, febre de chikungunya e zika vírus em Santa Catarina, divulgado nesta terça-feira (18/4/17), pela diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES).

“Ainda percebemos diversas condições propícias para a reprodução do Aedes aegypti no ambiente. O excesso de chuva é outro agravante, já que aumenta o risco do acúmulo de água e potenciais criadouros”, alerta João Fuck, coordenador do Programa de Controle da Dengue em Santa Catarina, vinculado à Gerência de Zoonoses da Dive.

Neste mês de abril, os municípios considerados infestados realizarão o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), com identificação do tipo e quantidade de depósitos encontrados que possam ser potenciais criadouros do mosquito nos imóveis vistoriados. O LIRAa prevê a vistoria de uma amostra de 20% do total de imóveis existentes no município e calcula o índice de infestação considerando imóvel com larva de Aedes aegypti/100 imóveis. O levantamento é realizado anualmente nos meses de abril e novembro, por orientação da Estratégia Operacional para Prevenção e Controle da Dengue, Febre de Chikungunya e do Zika Vírus no estado de Santa Catarina.

Em relação às doenças transmitidas pelo mosquito, o boletim aponta que, dos 1.284 casos suspeitos notificados de dengue neste período, cinco foram confirmados, sendo dois autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, um importado, transmitido fora do estado, e dois ainda permanecem em investigação de Local Provável de Infecção (LPI).

Dos 163 casos suspeitos de febre de chikungunya notificados, quatro foram confirmados, todos importados, com residência nos municípios de Florianópolis, Itajaí, Mafra e Turvo e local provável de infecção nos estados do Pará, Espírito Santo e Bahia. Já em relação ao zika vírus, dos 36 casos suspeitos notificados, um foi confirmado, com residência no município de Florianópolis e está em investigação do local provável de infecção.

 

Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica