Discussão por som alto termina em morte: homem é condenado a 18 anos em Gaspar

Crime brutal ocorreu na frente da família da vítima, que deixou dois filhos menores.

Uma discussão entre vizinhos por causa de som alto terminou em tragédia no bairro Bela Vista, em Gaspar. O crime aconteceu em 20 de abril de 2024, quando um homem de 41 anos foi morto a facadas. Nove meses depois, na última quarta-feira (15/01/25), o principal acusado foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado. A vítima deixou dois filhos menores de idade, e o crime, cometido na frente de familiares, teve grande repercussão.

A condenação foi baseada na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Gaspar. Segundo o Promotor de Justiça Victor Abras Siqueira, o crime foi marcado por “peculiar brutalidade”, destacando-se por ter ocorrido na presença de ascendentes e descendentes (familiares) da vítima.

O desenrolar do crime

A discussão começou em frente a um comércio local por conta do volume alto de som. Após o desentendimento, a vítima retornou para casa, mas foi perseguida por três homens, incluindo o condenado. Um deles iniciou uma briga com a vítima, mas acabou desmaiando após ser atingido. Enquanto isso, o principal acusado foi até sua residência buscar uma faca.

Conforme a denúncia do MPSC, o acusado retornou ao local de forma “inesperada e repentina” e atacou a vítima pelas costas, desferindo diversos golpes na região do tórax e das costas, enquanto um dos comparsas continuava a lutar com a vítima.

Outras denúncias e recurso pendente

O Ministério Público também denunciou um dos homens que perseguiu e brigou com a vítima, alegando que ele agiu em conjunto com o condenado, dando suporte para o crime. Porém, o Juízo de primeiro grau decidiu pelo impronunciamento deste envolvido, livrando-o do julgamento por homicídio.

O MPSC recorreu dessa decisão, e o recurso ainda aguarda análise no Tribunal de Justiça.

A condenação e seus impactos

O condenado permanece detido no Presídio Regional de Blumenau desde 10 de maio de 2024, quando sua prisão preventiva foi decretada. O caso chocou a comunidade local, principalmente pelo impacto na família da vítima, que perdeu um pai de família em circunstâncias tão brutais.