Deflagrada operação para desmantelar organização criminosa que atua no comércio ilegal de animais

As investigações apontaram que eles vinham de São Paulo, sendo vendidos em Santa Catarina e no Paraná. As más condições teriam causado a morte de alguns animais silvestres e exóticos.

Foto: GAECO/SC

Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (28/08/24) a Operação Axolote, com o objetivo de cumprir 27 mandados de busca e apreensão. As ações estão sendo realizadas simultaneamente em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, em apoio à investigação conduzida pela 21ª Promotoria de Justiça de Joinville.

O objetivo é desmantelar uma organização criminosa responsável pelo comércio ilegal e maus-tratos de animais silvestres e exóticos. Em território catarinense, as ordens judiciais têm como alvo cidades como Blumenau, Timbó, Navegantes, Balneário Camboriú, Itajaí, Barra Velha, Joinville, Palhoça, Penha, Santo Amaro da Imperatriz e Araranguá.

Trata-se da maior operação de cumprimento de mandados da história da  em Santa Catarina, uma das forças envolvidas na operação. Tudo começou a partir de uma ocorrência atendida em 2022 pela unidade em Joinville e das atividades de inteligência desenvolvidas na 2ª CIA do 1º Batalhão.

Através de uma ação de fiscalização, foi identificado que animais de diversas espécies estavam sendo enviados de São Paulo para Santa Catarina e Paraná, com o objetivo de serem comercializado. Em alguns casos, as péssimas condições de depósito, transporte e cuidados, causaram situações de maus-tratos e até mortes. Com base nessas apurações, foram expedidas as ordens judiciais pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Joinville.

A operação também conta com o apoio da Polícia Militar Ambiental de São Paulo e da Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba.

O nome da operação é inspirado no “Axolote”, um anfíbio endêmico dos lagos do México, encontrado durante as investigações. O animal é conhecido por sua capacidade única de regenerar membros e até partes do cérebro, simbolizando a resiliência e a renovação, características que se alinham aos objetivos da operação. O axolote está ameaçado de extinção devido à poluição, perda de habitat e introdução de espécies invasoras em seu ambiente natural.

A investigação tramita em sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas. Segundo o comandante Ruy F. Teixeira Junior, da PMA de Joinville, será realizada uma coletiva de imprensa no batalhão da cidade para dar mais detalhes.

Foto: GAECO/SC
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