Por Carlos Molinari
A partida entre Brasil e Croácia desta sexta-feira (9/12/22) é o terceiro encontro entre as equipes em uma edição de uma Copa do Mundo. Porém, a partida programada para começar às 12h (horário de Brasília) no Estádio Cidade da Educação é a primeira em uma fase eliminatória da competição.
Como vários países do Leste Europeu, o território da Croácia foi alvo de disputas ao longo dos séculos. Até o fim da Primeira Guerra Mundial, os croatas ainda estavam sob o jugo do Império Austro-Húngaro. Como se sabe, aliados da Alemanha no conflito de 1914 a 1918, o império se esfacelou e os croatas se fundiram numa junta com eslovenos e sérvios, formando a Iugoslávia, que existiu durante quase todo o século XX. Até que, com a implosão do socialismo nos anos 1990, as diversas repúblicas que formavam a Iugoslávia (Bósnia Herzegovina, Montenegro, Eslovênia, Sérvia, Croácia e Macedônia) foram conseguindo sua independência. A Croácia, então, comemora o dia 25 de junho de 1991 como a data na qual se tornou um Estado livre.
No ano seguinte, a Croácia se filiou à Fifa e passou a disputar competições mundiais. É evidente que o futebol logo se tornou importantíssimo para a criação de uma identidade e orgulho nacional, ainda mais quando, logo em sua primeira participação em Copas (na França, em 1998), a equipe da camisa quadriculada surpreendeu o mundo ao terminar em terceiro lugar, passando por cima de potências como Romênia, Alemanha e Holanda. Mais que isso, Davor Suker, à época atacante do Real Madrid (Espanha), se tornou o artilheiro da competição com 6 gols.
Desde então, ultrapassar as eliminatórias europeias passou a ser corriqueiro e a Croácia só ficou de fora da Copa de 2010 (África do Sul). Para melhorar o retrospecto, os croatas foram vice-campeões no Mundial de 2018 (Rússia).
Agência Brasil