Na manhã da última sexta-feira (11/11/22), a Secretaria de Saúde de Santa Catarina recebeu a primeira remessa com 34 mil doses da vacina Pfizer para a vacinação de bebês e crianças de seis meses a dois anos de idade. A data de distribuição para os municípios catarinenses ainda está sendo avaliada pela Secretaria Estadual.
As doses serão suficientes para vacinar cerca de 11 mil bebês e crianças, tendo em vista que o esquema vacinal é de três doses. Segundo recomendação do Ministério da Saúde (MS), o estado deve armazenar as vacinas para aplicar todas elas, já que não há previsão para receber novas remessas. A população estimada nesta faixa etária no estado é de 244.674 crianças.
Embora o Ministério da Saúde tenha recomendado a vacinação, neste primeiro momento, apenas de bebês e crianças com comorbidades, o governo estadual e os municípios optaram por não limitar a vacinação e iniciar a aplicação de doses de forma escalonada. Por isso a imunização será realizada primeiro em bebês de 6 meses a 11 meses e 29 dias; depois de 1 ano, 11 meses e 29 dias; e, por fim, das crianças de até 2 anos, 11 meses e 29 dias.
Os portadores de comorbidades (com comprovação) terão prioridade na vacinação, independentemente da faixa etária.
Vacina Pfizer
A vacina Pfizer para bebês a partir dos seis meses (tampa vinho) possui apresentação e dosagem diferenciada da formulação utilizada em adultos a partir dos 12 anos (tampa roxa) e também em crianças de cinco a 11 anos (tampa laranja). Nos bebês e crianças de até dois anos ela deve ser aplicada no esquema de três doses, com 21 dias de intervalo entre a primeira e a segunda dose e 60 dias entre a segunda e a terceira dose.
Toda a população deve completar o esquema vacinal
Com a confirmação na última quarta-feira (9), da circulação da sublinhagem Ômicron BQ.1.1 do coronavírus em Santa Catarina, a Secretaria de Saúde emitiu um alerta reforçando a importância de completar o esquema vacinal para a prevenção de agravamento, hospitalizações e óbitos pela Covid-19.
A sublinhagem tem contribuído para o aumento do número de casos da doença, tendo em vista a sua elevada capacidade de transmissão comparada às outras sublinhagens da Ômicron. Por esse motivo, completar o esquema vacinal é de extrema importância para a proteção individual e coletiva.
“Nós conseguimos alcançar bons índices de vacinação com a primeira e a segunda dose, mas temos observado uma grande queda na procura pelas doses de reforço, o que nos preocupa, por que a gente sabe que os reforços são essenciais para a ampla proteção da população contra a doença. Então, para que possamos evitar óbitos, casos graves e hospitalizações é de extrema importância que a população complete o esquema vacinal”, assinala a gerente de imunização da DIVE/SC, Arieli Fialho.
De acordo com dados do vacinômetro estadual, 89,04% da população vacinável completou o esquema primário com duas doses ou dose única. No entanto, com relação às doses de reforço, a procura está bem abaixo do esperado, sendo que 54,47% das pessoas com 12 anos ou mais retornaram para fazer o primeiro reforço e apenas 19,87% da população acima dos 30 anos retornou para o segundo reforço.
O esquema vacinal completo é aquele em que a pessoa é vacinada com as duas doses ou a dose única no esquema primário e que recebe(m) a(s) seguinte(s) dose(s) de reforço, de acordo com a faixa etária:
De 12 a 29 anos de idade: primeira dose de reforço a partir do quarto mês após completar o esquema primário;
A partir dos 30 anos de idade, com esquema primário realizado com Sinovac/Butantan, AstraZeneca/Fiocruz ou Pfizer: segunda dose de reforço, a partir do quarto mês após receber a primeira dose de reforço;
A partir dos 40 anos de idade, com esquema primário realizado com a Janssen: terceira dose de reforço. Os esquemas vacinais detalhados, por faixa etária e imunizante podem ser consultados aqui.