Por Felipe Elias [PMB]
Desde julho de 2016, a Secretaria Municipal de Promoção da Saúde (Semus) mantém um serviço destinado a oferecer assistência integral à saúde para a população em situação de rua, o Consultório na Rua. Estratégia prevista na Política Nacional de Atenção Básica, a ação tem como objetivo efetuar atendimento primário e ampliar o acesso desse grupo populacional aos serviços básicos e especializados da rede municipal de saúde.
Em Blumenau, o trabalho é realizado por meio de uma equipe composta por enfermeira, psicóloga e dois técnicos de enfermagem, além de um motorista, que atuam de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. Atualmente, o Consultório na Rua conta com 273 usuários cadastrados – segundo projeções dos profissionais, o município possui aproximadamente 550 pessoas em situação de rua.
Até o momento, a equipe já executou mais de 2,1 mil atendimentos em vias espalhadas pela cidade, entre ações de cuidado e redução de danos, escuta qualificada e orientações em saúde. “Fazemos curativos, retirada de pontos, aferição de sinais vitais e testes rápidos, além da distribuição de preservativos e copos de água”, exemplifica a enfermeira do Consultório na Rua, Patrícia Giacomelli Stenger.
Nos casos em que há necessidade de assistência especializada, os pacientes são encaminhados para os serviços pertinentes, como as ESFs e os AGs, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) e o Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Prevenção (Cedap).
Patrícia explica ainda que o trabalho ocorre em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Semudes). “Essa integração com a rede de assistência social é realizada por meio de atendimentos feitos em conjunto com a equipe de abordagem do Centro POP e visitas periódicas ao Abrigo Municipal, pois a população em situação de rua também é atendida por estes serviços”.
Após avançar com o mapeamento da população em situação de rua e a melhoria do acesso desse grupo aos serviços de saúde, a equipe do Consultório na Rua já definiu o foco para o ano de 2018. “Queremos divulgar os dados epidemiológicos da população em situação de rua do município aos diversos setores da rede de atendimento, por meio de palestras e participações em reuniões”, detalha a enfermeira.