O assunto mais comentado desde sábado (13/07/24) foi o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, que tenta o segundo mandato nas eleições dos Estados Unidos. Como já é de conhecimento de todos, o candidato foi atingido por um tiro de raspão na orelha enquanto realizava um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia (EUA).
A ouvir os primeiros zumbidos dos disparos, Trump levou a mão à orelha e se abaixou, sendo em seguida protegido pelos agentes do Serviço Secreto do país. O autor do atentado foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, morto logo em seguida pelas equipes de segurança.
O autor morava no distrito de Bethel Park, na Pensilvânia, que fica a cerca de 70 km da cidade onde acontecia o comício. Essas são as primeiras informações divulgadas pelo FBI (Federal Bureau of Investigation), ou Departamento Federal de Investigação. Ainda não se sabe quais as motivações de Crooks, mas por enquanto acredita-se que ele teria agido sozinho. No entanto, não se descarta nenhuma possibilidade.
A mídia estadunidense divulgou algumas informações sobre Crooks. O jornal “The New York Times” informou que ele não tinha registros criminais na Justiça. A Associated Press afirmou que foi encontrado um fuzil AR-15 semiautomático no local do crime.
O sistema de votação eleitoral da Pensilvânia aponta que Crooks estava registrado como “republicano”, mesmo partido de Trump. Já a Associated Press informou que ele fez uma doação de US$ 15 a um comitê que apoia os democratas em 2021, quando Joe Biden foi empossado presidente.
O jornal “Pittsburgh Tribune-Review” publicou que o jovem se formou em 2022 na Bethel Park High School. Segundo a mídia norte-americana, ele também foi premiado com US$ 500 da Iniciativa Nacional de Matemática e Ciências.
Durante o atentado, duas pessoas foram atingidas pelos tiros; uma delas não resistiu aos ferimentos e a outra está internada. Já o ex-presidente, que estava com o ouvido cheio de sangue, foi levado para o hospital e recebeu alta cerca de três horas depois. Depois disso, ele viajou até Nova Jersey para passar a madrugada deste domingo (14) em seu clube de golfe privado.
Durante essa madrugada também ocorreu uma coletiva de imprensa na cidade de Butler, sem a participação de um representante do Serviço Secreto, responsável pela avaliação prévia de segurança, organização do esquema e supervisão da área, coordenando outras agências, como a polícia estadual e local. Quem respondeu às perguntas foram o FBI e a polícia estadual.
Kevin Rojek, agente do FBI responsável pelo escritório de Pittsburgh, disse que ainda não pode afirmar se houve falha no sistema de segurança, já que a investigação mal começou. Mas se mostrou surpreso pelo fato de Crooks ter conseguido realizar o atentado. As equipes estão analisando o armamento encontrado e como o atirador teve acesso ao local.
O tenente-coronel George Bivens, da Polícia Estadual da Pensilvânia, confirmou a presença de aproximadamente 30 a 40 policiais no comício. Nas redes sociais circulam relatos de pessoas que viram uma pessoa escalando um edifício armado com fuzil. Questionado sobre o fato, ele confirmou que esses relatos chegaram à corporação.