Confira alguns trechos do que Bolsonaro falou em Blumenau

 

Jair Bolsonaro (PP-RJ) passou por Blumenau nesta sexta-feira (19/5/17) , acompanhado por dois filhos, um era o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e foi apresentado ao público como o fenômeno e mito. Entre gritos e palmas, o político foi ovacionado pelas três mil pessoas – conforme contagem feita pela Polícia Militar – que estavam às 15h no pavilhão Eisenbahn Biergarten, no Parque Vila Germânica.

 

Chamou a atenção também, um homem vestido de Capitão Brasil,  o super-herói brasileiro criado pelo roteirista e ilustrador Juliano Rocha. O personagem não tem papas na língua e trata de assuntos complicados como salário dos professores, IPTU, preço a energia elétrica, etc; sempre com uma pitada de humor.

 

Após a entrada de Jair Bolsonaro, foi tocado o hino nacional. No palco estavam o comandante do 10º BPM, Ten Cel Jefferson Schmidt , o Delegado Regional da Polícia Civil Rodrigo Marchetti, o empresário Otto Vieira; o vice-presidente da Alesc, deputado estadual Aldo Schneider e o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) . O outro filho, Carlos Bolsonaro, vereador mais votado no Rio de Janeiro estava no meio do público e  foi convidado para subir ao palco.

A primeira coisa que Bolsonaro falou foi: “Um recado à justiça eleitoral: não estou fazendo campanha. Não vim aqui pedir voto”. Apesar disso aceitou ser fotografado com uma “faixa presidencial” no palco, enquanto muitas pessoas usavam uma camiseta branca, com o rosto estilizado do deputado estampado e as palavras “Bolsonaro Presidente”.

 

 

Em seguida criticou a Folha de São Paulo chamando de “FakeNews”. Reclamou que o veículo utiliza fatos de 30 anos atrás, “pinçando o que interessa e jogando para a opinião pública”. Aproveitou também para divulgar que no domingo (21), o programa Conexão Repórter do SBT irá apresentar uma reportagem sobre ele, que foi acompanhado durante três semanas pelo jornalista Roberto Cabrini.

 

 

Nos primeiros 10 minutos, a “palestra” foi interrompida porque uma pessoa estava passando mal. Ela foi atendida e o evento seguiu. Bolsonaro criticou o projeto de imigração: “O autor do projeto, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), motorista de Marighella, guerrilheiro, terrorista, e com essa lei na eminência de ser sancionada por Temer, teremos um país sem fronteiras. Todo tipo de gente virá para cá, sem que qualquer análise pregressa seja feita. [..] O que falta para nosso país dar certo? […] O Brasil precisa de um capitão,”comentou o ainda militar da reserva, lembrando sua patente no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista do exército em 1986.

Disse que a imprensa o criticou porque não tinha condições de fazer acordos políticos: “Eu respondo. Para fazer esses tipos de acordos, se isso é governabilidade, então eu estou fora. […] Essa forma de administrar o Brasil não está dando mais certo”, deixou claro Bolsonaro.

Ele defendeu mais respaldo jurídico à atuação da Polícia Militar, citando como exemplo o Rio de Janeiro, onde morrem de 3 a 4 policiais por semana. Um policial teria reclamado para ele: “Deputado, se eu atirar vou para a cadeia. Se não atirar, vou para o cemitério”. Polêmico, lembrou que no Brasil dizem morrer 60 mil pessoas em crimes: “Peraí, temos que estabelecer uma linha de corte, dos honestos e vagabundos que morrem nesse combate. Se forem 50 mil vagabundos, temos que dobrar essa meta”.

 

 

Nesse contexto, comentou sua opinião em relação a pena de morte: “Em uma entrevista no Jô Soares, ele me perguntou sobre o que acho da pena de morte. Eu disse: nunca vi ninguém que pegou 10 mil Volts no lombo voltar a cometer crime”. Para Bolsonaro, o Brasil tem jeito, mas tem que fugir do politicamente correto.

Na opinião dele, nosso país precisa se aproximar mais dos EUA, Coréia do Sul, Israel, França, Japão; em vez da economia pelo viés ideológico do Mercosul. Ainda no campo da economia, ele defende que o custo da energia poderia baixar com a liberação mais rápida das licenças ambientais para construções de Pequenas Centrais Elétricas. Essa seria uma das formas, inclusive também defende uma revisão do fornecimento de gás natural da Bolívia que abastece as indústrias nacionais.

Ao defender a posse de armas aos cidadãos, disse que os produtores rurais deveriam ter fuzis para defender suas áreas, já que garantem a alimentação dos brasileiros.  Esse é apenas algumas das informações, que você poderá conferir nesse vídeo que gravou cerca de 40 minutos da fala do pré-candidato Jair Bolsonaro.

Também discursaram seu filho, deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), e o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). O político catarinense disse que nosso Estado é onde Bolsonaro tem os maiores índices de aprovação. Jair esteve em Florianópolis, Joinville e Jaraguá do Sul. No segundo semestre deve voltar para “palestras” em Itajaí, Brusque e Rio do Sul.