O município chinês de Shenzhen publicou uma nota em seu site, com informações da autoridade sanitária local, sobre uma suposta detecção de ácido nucleico do coronavírus uma amostra frango congelada de um lote importado do Brasil. O material foi encontrado na asa do alimento.
Segundo a nota chinesa, outras amostras do mesmo lote foram coletadas, analisadas e os resultados foram negativos. O Escritório de Prevenção e Controle de Epidemiologia de Shenzhen informou que todas as pessoas que manusearam ou entraram em contato com o material testaram negativo para a COVID-19.
Noite desta quinta-feira (12/08/20), após a notícia ser veiculada na imprensa chinesa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) consultou a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) para buscar as informações oficiais que esclareçam as circunstâncias da suposta contaminação.
Até o momento, o MAPA não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas sobre a ocorrência. O MAPA ressalta que, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há comprovação científica de transmissão do vírus da COVID-19 a partir de alimentos ou embalagens de alimentos congelados.
Em nota, o Ministério da Agricultura reitera a qualidade dos produtos produzidos nos estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF). Ele obedecem protocolos rígidos para garantir a saúde pública. O número do lote é de uma indústria do oeste catarinense conhecida pela qualidade dos seus produtos.
NOTA OFICIAL DA ACAV
A Associação Catarinense de Avicultura – ACAV representando o setor agroindustrial de produção de aves, tendo por referência a notícia acerca da alegação de detecção de traços de vírus em embalagem de produto oriundo do mercado nacional remetido à China, vem por meio da presente informar que as autoridades brasileiras estão em contato com as autoridades chinesas na obtenção de informações precisas, reiterando, contudo, que o Brasil é um país de excelência na produção de proteína animal no mundo, seja pelo aspecto de sanidade, seja pela segurança dos processos produtivos, auditados reiteradamente por mais de 150 países para os quais o produto é exportado.
O processo produtivo brasileiro, reconhecido internacionalmente, sempre levou em consideração o respeito às pessoas, aos animais e ao uso intensivo de técnicas e tecnologias que levam excelência em qualidade e segurança do alimento colocando assim o Estado de Santa Catarina e o Brasil no topo da cadeia de produção e exportação de aves.
Nesta mesma linha, as evidências científicas demonstram que inexiste a possibilidade de contaminação em produtos de origem alimentícia, em especial nas proteínas animais, necessitando assim um esclarecimento das autoridades competentes quanto às alegações trazidas. A OMS – Organização Mundial da Saúde reportou recentemente a impossibilidade de contaminação de produtos alimentícios por COVID, o que dá a segurança necessária para reafirmarmos a qualidade do produto brasileiro.
O produto catarinense ao longo de mais de 40 anos de parceria e investimentos em pesquisa, sanidade e nutrição que envolvem o poder público e a iniciativa privada constantemente habilita o Estado de Santa Catarina em afirmar que o produto catarinense é seguro e de qualidade.
Florianópolis, 13 de agosto de 2020.
José Antônio Ribas Junior
Presidente – ACAV