Durante esta sexta-feira (31/03/23), houve a formação de um ciclone extratropical ao sul do Brasil, com centro posicionado na altura do Uruguai. O processo de formação do sistema foi bastante rápido e registrou uma queda acentuada na pressão atmosférica, o que caracteriza o ciclone como do tipo “bomba”.
Embora esteja tipicamente associado a eventos passados que causaram danos, é importante diferenciar cada sistema, pois o impacto depende da posição, intensidade e ambiente atmosférico. Os principais efeitos esperados deste sistema em Santa Catarina são decorrentes de uma frente fria associada a ele, que pode ser observada na imagem de satélite GOES-16.
No final da tarde de sexta-feira, a frente fria avança sobre o estado, com potencial para provocar temporais isolados com vendavais, especialmente na divisa com o Rio Grande do Sul.
Ao longo do sábado, o ciclone passa a influenciar diretamente o estado de Santa Catarina e o vento sul ganha força nas áreas litorâneas. Os ventos marcam velocidades médias entre 30 e 40 km/h, com rajadas que podem atingir valores entre 50 e 70 km/h. O risco é baixo para danos como destelhamentos, queda de árvores e interrupções na rede elétrica.
No alto mar, ventos intensos e persistentes de sul também provocam agitação marítima, com ondas entre 2,0 e 3,5 metros. Há risco moderado para esportes náuticos, navegação de pequenos barcos e danos associados à ressaca.
Além disso, com a entrada de uma massa de ar mais fria na retaguarda da frente fria, as temperaturas caem significativamente, com possibilidade de formação de geada nas áreas mais altas. No litoral, as temperaturas apresentam uma menor amplitude térmica, com temperaturas mais amenas no período da tarde em relação aos dias anteriores.
Fonte: Defesa Civil de SC