CERENE está entre as 100 melhores ONGs do Brasil em 2017

 

Por Claus Jensen, com cobertura de Marlise Cardoso Jensen

Na manhã desta quarta-feira (16/8/17), aconteceu um café com a imprensa no Centro de Recuperação Nova Esperança (CERENE), localizado na Rua Prof. Jacob Ineichen, nº 6.607, bairro Itoupava Central. A entidade passou dados sobre o trabalho realizado, aproveitando o fato de ter ficado entre as 100 primeiras, no prêmio Melhores ONGs do Brasil 2017, realizado pelo Instituto Doar e a Revista Época.

 

 

Das mais de 300 mil que atuam no país, cerca de 1.500 ONGs inscreveram-se, mas apenas 100 delas foram escolhidas. Uma delas foi o Cerene, fundado em Blumenau no ano de 1989, com o foco voltado ao acolhimento e cuidado de pessoas com problemas de dependência química, seja por álcool ou outras drogas.

As melhores ONGs foram avaliadas pelo Instituto Doar, baseado em suas metodologias, pedagogias e procedimentos; além dos processos administrativos, contábeis, financeiros e de comunicação. Por isso o prêmio foi um reconhecimento a atuação do CERENE, que é no atendimento psicossocial na modalidade de Comunidade Terapêutica.

 

 

Segundo o presidente do Cerene, Marcos Mey, a entidade acolheu nesses 28 anos mais de 12 mil pessoas, entre adultos e adolescentes. Além de Blumenau, há unidades em Palhoça, São Bento do Sul, Ituporanga (unidade feminina), e até em Lapa no Paraná. Em Joinville (SC), há uma unidade que oferece serviços de orientação e atendimento psicológico individual, familiar e grupal, sem internação.

Na unidade de Blumenau, estão internados 46 adultos, 10 adolescentes e 7 pessoas dentro do programa de inserção social, que faz parte do pós-tratamento. A capacidade de atendimento é de 86 internos, realizada por uma equipe de 26 colaboradores.

Em todas as unidades, 100 pessoas foram internadas no ano passado por problemas com álcool, enquanto 223 foram por drogas como cocaína, crack e maconha. Cresceu significativamente o número de internos por causa do crack de 2015 (87) para 2016 (128). Já os de cocaína, baixaram de 42 (2015) para 32 (2016), assim como aqueles por causa de álcool, que foram de 128 (2015) para 100 (2016).

Os internos permanecem em média de três a seis meses no Cerene, que no total tem capacidade para atender 268 pessoas. A manutenção é feita através de um valor pago pelos internos, mas principalmente por promoções e doações.

O CERENE trabalha com pessoas entre 12 e 70 anos, com uma proposta alternativa de visão de homem e mundo, baseada na espiritualidade e fé Cristã. Os tratamentos acontecem em quatro fases:

  • Fase 1 – Adesão (30 dias)
  • Fase 2 – Reencontros sócio-familiares (entre o 31º e 75º dia)
  • Fase 3 – Saídas com acompanhantes (entre o 76º e o 120º dia)
  • Fase 4 – Saídas sem acompanhantes (entre o 121º e o 180º dia)

A partir do 5º mês, o interno poderá sair sozinho, dois finais de semana seguidos, permanecendo próximo ao CERENE.

As apresentações foram feitas por Elcido Schlüter, Secretário Geral e Procurador do Cerene; Sérgio Sanches, Coordenador Geral de Blumenau; além do vice-prefeito Mário Hildebrandt, que também já coordenou a entidade. No vídeo abaixo, há uma rápida entrevista com cada um deles.