Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram informados 1.326.138 óbitos no Brasil, segundo dados do Censo Demográfico 2022. Deste total, 54,5% correspondiam a homens (722.225 mortes) e 45,5% a mulheres (603.913 mortes). A pesquisa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25/10/24) e utiliza, além das respostas dos entrevistados, dados do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
O IBGE esclareceu que o número de mortes captado pelo Censo foi inferior ao apontado pelo SIM, explicando que pesquisas domiciliares podem apresentar subnotificações, especialmente em domicílios unipessoais, onde, após o óbito, não há ninguém para relatar a morte. Outros fatores, como a sobreposição de dados em domicílios desmembrados, também podem ter contribuído para a discrepância.
Em relação à idade, os dados mostram que, até a faixa etária de 75 a 79 anos, as mortes de homens superam as de mulheres, mas essa tendência se inverte a partir dos 80 anos. A sobremortalidade masculina se destaca principalmente entre jovens de 15 a 34 anos, sendo as causas externas, como homicídios, suicídios e acidentes de trânsito, as principais responsáveis.
O estudo também revelou que a maior diferença entre as taxas de mortalidade por sexo ocorre no grupo de 20 a 24 anos, onde há 371 mortes masculinas para cada 100 femininas, uma sobremortalidade 3,7 vezes maior entre homens.
As disparidades regionais também chamaram a atenção. Tocantins apresentou a maior sobremortalidade masculina, com 150 mortes de homens para cada 100 de mulheres. Outros estados como Rondônia, Roraima e Mato Grosso também registraram índices elevados. Em contraste, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul tiveram as menores diferenças.
A pesquisa, realizada entre agosto de 2021 e julho de 2022, também ampliou a coleta de dados para períodos anteriores devido ao impacto da pandemia de covid-19, permitindo uma análise mais detalhada da mortalidade no país antes e durante a pandemia. O estudo destaca a importância das informações como ferramenta para a elaboração de políticas públicas de saúde, especialmente no enfrentamento da mortalidade em diferentes grupos etários e demográficos.
Ao comentar os resultados, a pesquisadora Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, destacou a relevância das medidas de mortalidade como indicadores de saúde da população. Ela também ressaltou que o Censo oferece uma visão alternativa dos óbitos no país, complementando os dados dos registros civis e fornecendo informações sobre as condições de habitação e características educacionais das famílias.
Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram informados 1.326.138 óbitos no Brasil, segundo dados do Censo Demográfico 2022. Deste total, 54,5% correspondiam a homens (722.225 mortes) e 45,5% a mulheres (603.913 mortes). A pesquisa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25) e utiliza, além das respostas dos entrevistados, dados do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
O IBGE esclareceu que o número de mortes captado pelo Censo foi inferior ao apontado pelo SIM, explicando que pesquisas domiciliares podem apresentar subnotificações, especialmente em domicílios unipessoais, onde, após o óbito, não há ninguém para relatar a morte. Outros fatores, como a sobreposição de dados em domicílios desmembrados, também podem ter contribuído para a discrepância. Além disso, erros de memória dos entrevistados podem impactar a precisão das informações, especialmente quando o óbito ocorreu há mais tempo.
Em relação à idade, os dados mostram que, até a faixa etária de 75 a 79 anos, as mortes de homens superam as de mulheres, mas essa tendência se inverte a partir dos 80 anos. A sobremortalidade masculina se destaca principalmente entre jovens de 15 a 34 anos, sendo as causas externas, como homicídios, suicídios e acidentes de trânsito, as principais responsáveis.
A mortalidade infantil, destacada pela pesquisa, permanece concentrada nos primeiros meses de vida. Os óbitos na faixa de 0 a 1 ano são usados como um dos principais indicadores de mortalidade infantil e estão diretamente ligados ao desenvolvimento das condições de saneamento básico e à prevenção de doenças causadas por água contaminada, entre outros fatores. A pesquisadora Izabel Marri comentou que o desenvolvimento dessas áreas tem contribuído para a redução dos óbitos evitáveis entre bebês.
O estudo também revelou que a maior diferença entre as taxas de mortalidade por sexo ocorre no grupo de 20 a 24 anos, onde há 371 mortes masculinas para cada 100 femininas, uma sobremortalidade 3,7 vezes maior entre homens.
As disparidades regionais também chamaram a atenção. Tocantins apresentou a maior sobremortalidade masculina, com 150 mortes de homens para cada 100 de mulheres. Outros estados como Rondônia (1,48), Roraima (1,47) e Mato Grosso (1,42) também registraram índices elevados. Já as menores sobremortalidades foram observadas no Rio de Janeiro (1,05), Pernambuco (1,12) e Rio Grande do Sul (1,14). No grupo etário de 20 a 39 anos, Sergipe liderou com a maior sobremortalidade masculina (3,49), seguido por Ceará (3,35) e Rondônia (3,31).
Devido à pandemia de covid-19, o período de referência da pesquisa foi estendido, incluindo dados desde 2019, para que fosse possível captar os impactos da pandemia nos óbitos no Brasil. Os dados foram divididos em três períodos: de agosto de 2021 a julho de 2022, de agosto de 2020 a julho de 2021 e de agosto de 2019 a julho de 2020. A ampliação do período permite comparar os padrões de mortalidade antes e durante a pandemia.
A pesquisadora Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, explicou que as informações do Censo são relevantes para avaliar os indicadores de saúde da população, como a esperança de vida e a mortalidade infantil. Ela ressaltou que o Censo oferece uma fonte alternativa para entender os óbitos no país, com dados adicionais sobre as condições de habitação e características sociais das famílias afetadas. Segundo Izabel, a combinação das informações do Censo e dos registros civis permite uma visão mais ampla da mortalidade no Brasil.
Fonte: Agência Brasil