Fotos: João Paulo Taumaturgo
Este domingo (4) marcará uma data muito especial para o Cemitério São José, com a inauguração do novo Memorial Frei Edgar Albert Franz Weist. Para a cerimônia que inicia às 9h, estará presente o Padre João Bachmann, além de personalidades e algumas autoridades de Blumenau.
O novo espaço faz uma homenagem ao frei que faleceu semana passada, grande amigo de Alcione Alvim da Silva, Diretor Presidente da Associação Religiosa Ecumênica Memorial São Francisco de Assis. Fizemos uma entrevista com Alcione, para saber quais foram as mudanças que aconteceram no cemitério e o que elas significam.
OBlumenauense: O que tem de tão especial essa nova construção para o Cemitério São José?
O novo prédio foi construído com uma área de 750m², onde no primeiro andar ficaram reservados 350m². Esse espaço abrigará 5 mil jazigos familiares, na forma de columbários, ou seja, verticais. No piso térreo foi construído um novo auditório, uma capela para velório e um hall muito bonito.
O antigo auditório, localizado no morro, está sendo transformado em uma casa de velório e cremações para que vêm de fora. Nesses casos o número de pessoas geralmente é menor e por isso também fica disponível um auditório reduzido. O resto da área, 70m², nós transformamos em novos 1.400 jazigos eternos, no formato columbários, todos para a guarda de cinzas.
A pessoa pode optar tanto pela cremação imediata, ou no cemitério vertical. Nesse último, ele é sepultado normalmente e depois de três anos os ossos passam por um tratamento térmico onde os restos mortais são transformados em cinzas.
Muitas pessoas associam a Cremação a jogar as cinzas no mar na floresta ou no Rio, o que nossa legislação brasileira oficialmente não permite, mas também não proíbe, já que é um costume. Aqui nós podemos cremar o corpo, e se a pessoa desejar levar as cinzas, é um direito dela. Metade das pessoas não querem, por isso nós temos os jazigos eternos, foram construídos justamente para guardá-las.
Nesse caso a cremação sai até mais barata se a pessoa for associada ao cemitério São José, ou seja, tem um espaço físico comprado. Por exemplo a cremação para quem levar as cinzas embora, incluindo o velório, custam em média R$ 4 mil. Já para quem é associado no cemitério, o valor baixa significativamente para R$ 1.700,00.
OBlumenauense: Hoje toda a área do cemitério é asfaltada?
Sim, isso também fez parte dos investimentos. Nós asfaltamos o pátio que antes era macadamizado e transformamos parte da rua em praça. Abrimos uma rua na outra parte do estacionamento e sinalizamos toda área dele. Então para os 150 anos que completamos em 2015, 50% da área do cemitério sofreu alguma melhoria.
OBlumenauense: Como funciona para a pessoa se associar?
Todo associado compra um espaço físico para deixar os restos mortais da família, disponível para visitação. Hoje para adquirí-lo no Cemitério São José, custa de R$ 1.800 a R$ 2.600, dependendo da localização. Mas é bom lembrar que o espaço é para toda família e não uma pessoa. Esse valor inclui tudo, inclusive o granito colocado, diferente de muitos lugares onde só se paga o “pedaço de terra”. Se a pessoa for à um cemitério público e ganhar o espaço de graça, gastará para fazer todo acabamento em torno de R$ 5 mil.
OBlumenauense: O cemitério já chegou ao ponto de estar praticamente lotado. Como vocês conseguiram ampliar?
Foi graças à esse novo modelo de jazigos familiares. Pode ser chamada de columbária, urna ou também de gaveta, que abriga os restos mortais de toda a família. Além do memorial, também foi comprado mais um forno para cremação, totalizando dois, que substitui o mais antigo de 2004. Além desse, temos o de 2010, todos desenvolvidos por uma empresa de Blumenau e seguindo todas as normas ambientais.