Março chegou com um lembrete importante para a saúde: é tempo de falar sobre o câncer colorretal. Terceiro tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres no Brasil, ele pode ser prevenido e tratado com sucesso quando descoberto a tempo. É por isso que a campanha Março Azul ganha destaque em todo o país, reforçando a importância do diagnóstico precoce e da prevenção.
De acordo com o coloproctologista Dr. Guilherme Moreira Buchen, ex-presidente da Sociedade Catarinense de Coloproctologia e cirurgião colorretal nos hospitais Baía Sul (Florianópolis) e Santa Isabel (Blumenau), conhecer os sintomas é importante, mas o foco principal deve estar na prevenção.
“O exame padrão ouro para a detecção precoce de lesões é a colonoscopia, que deve ser feita a cada cinco anos a partir dos 45 anos. Também existe o exame de sangue oculto nas fezes como alternativa de rastreamento para a população”, explica o médico.
Ele destaca que o câncer do intestino geralmente se desenvolve a partir de pólipos — pequenas alterações que podem levar cerca de oito anos para se transformar em uma lesão maligna. A boa notícia é que esses pólipos podem ser detectados e removidos durante a colonoscopia, antes que evoluam.
“O objetivo é identificar essas alterações o quanto antes para evitar o câncer. Quando detectado no início, as chances de tratamento eficaz e cura são muito altas”, afirma o especialista.
A campanha Março Azul reforça justamente esse ponto: o câncer colorretal pode ser evitado. Com exames regulares, atenção aos sintomas — como mudanças no hábito intestinal, cólicas, sangue nas fezes e anemia — e acompanhamento médico, é possível vencer a doença com informação, atitude e prevenção.