Em 2022, Brusque já registrou três mortes relacionadas à dengue. A última foi divulgada pela prefeitura na quarta-feira (13/04/22), mas ocorreu no dia 1º de abril. A vítima foi uma mulher de 64 anos, com comorbidades, que morava no bairro Azambuja. Ela manifestou os primeiros sintomas da doença em 28 de março e foi internada no dia seguinte.
A primeira morte registrada no município foi de um idoso de 81 anos, morador do bairro Jardim Maluche, que manifestou os sintomas no dia 23 de março. Foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) três dias depois e não resistiu.
No dia 7 de abril, foi confirmado o segundo óbito do ano. Trata-se de uma mulher de 59 anos, moradora do bairro Primeiro de Maio. O vírus da dengue não é transmissível de uma pessoa para outra, a não ser em casos de “transmissão vertical” (da gestante para o bebê, ou por transfusão sanguínea).
De acordo com o último levantamento divulgado na segunda-feira (11), Brusque soma 763 focos do mosquito aedes aegypti. O bairro com maior número de focos é o Águas Claras, com 58 notificações, seguido por Santa Rita, com 54; Azambuja, 49; Rio Branco, com 49; Jardim Maluche, 48; Limeira, 47; Santa Terezinha, 39 e o bairro Dom Joaquim, com 37 focos. Completam as regiões com maior número de focos, Centro I, que tem 36, e Steffen, com 36 ocorrências de focos identificadas ao longo de 2022.
SINTOMAS E EVOLUÇÃO DA DOENÇA
A dengue pode variar desde uma doença assintomática (ou seja, sem manifestação de sintomas), até quadros graves com hemorragia e choque, podendo causar morte.
Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Também é comum ocorrerem náuseas e vômitos, que resultam em perda de peso.
Nessa fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. Porém, algumas situações podem evoluir para as formas mais graves da doença, apresentando os seguintes sinais de alarme:
- Dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdome é tocado;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos;
- Sangramento de mucosas (principalmente nariz e gengivas);
- Letargia (perda de sensibilidade e movimentos) ou irritabilidade;
- Hipotensão postural (tontura e queda de pressão em determinadas posições)
- Hepatomegalia (aumento do fígado) maior do que 2 cm;
- Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue).
- Nos casos mais graves, esses sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma é perdido. Os sinais desse estado são pulso rápido e fraco, diminuição da pressão, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada.
Confira as principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti:
- Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
- Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
- Manter caixas d’agua bem fechadas;
- Remover galhos e folhas de calhas;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana;
- Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
- Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
- Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
- Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Fazer sempre manutenção de piscinas;
- Tampar ralos;
- Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
- Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
- Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
- Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
- Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não
- acumular água;
- Catar sacos plásticos e lixo do quintal.
Fontes: Prefeitura de Brusque e Pfizer