Por anos, a blumenauense Ana Letícia Krug se incomodou com o destino dado às esponjas utilizada na cozinha. O desconforto virou ação, e resultou em um movimento que está procurando dar um destino adequado ao material. O programa Recicla Esponja, criado por ela, incentiva a comunidade a não descartar as esponjas no lixo comum e levar o produto usado até pontos de coleta para que recebam tratamento adequado.
“O programa nasceu com o propósito de inspirar as pessoas na forma de se relacionar com os resíduos gerados dentro de casa e mostrar como o consumo individual pode afetar todo o planeta. Também procuramos ressignificar a forma de consumir, especialmente produtos poluentes como este, que é um subproduto do petróleo”, comenta.
O Brasil produz mais de 360 milhões de esponjas por ano. O produto feito à base de poliuretano, fibra sintética e material abrasivo pode ser totalmente reciclado, mas apenas por empresas especializadas.
A tecnologia para tratamento e reaproveitamento do material foi desenvolvida em parceria entre fabricantes como 3M e Scotch Brite, com a Terra Cycle, uma empresa especializada em reciclagem de materiais complexos. Na prática, esponjas velhas são desmontadas, processadas e transformadas em objetos plásticos como baldes, lixeiras, vasos, entre outros.
“Estamos procurando esclarecer para as pessoas que a reciclagem deste produto é possível. E que, para garantir que tenha um destino adequado, basta higienizar o produto e levá-lo a um dos postos de coleta que temos em Blumenau”, explica Ana Letícia.
Os principais locais de recolhimento ficam no Museu da Hering, campus I e III da Furb, Escolas Internacional e Spazio Bambini, Centro Público Vitrine Ecosol e Rádio Comunitária Fortaleza. Novos pontos de coleta estão sendo mapeados. Interessados em apoiar a iniciativa podem contactar os coordenadores do movimento através das redes sociais no perfil @recicla.esponja.