Em fevereiro, as empresas de Blumenau contrataram 7.163 novos profissionais e ocorreu o desligamento de 5.284 colaboradores. A diferença foi o saldo positivo de 1.879 novos empregos no município.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (25/03/19) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Foi o segundo melhor desempenho em Santa Catarina que só perdeu para a maior cidade do Estado: Joinville. Lá foram abertas 10.725 oportunidades de emprego formal, enquanto 7.719 se desligaram de seus postos de trabalho, resultando no saldo positivo de 3.006.
As outras cidades foram Brusque (1.545), Itajaí (1.493) e Jaraguá do Sul (1.177). Lembrando que os dados só levam em conta municípios com mais de 30 mil habitantes. As cidades com o pior saldo foram Balneário Camboriú (-48) e Caçador (-11).
Santa Catarina ficou entre os três estados que mais geraram empregos durante fevereiro. Houve 82.448 contratações, 63.785 desligamentos, resultando no saldo positivo de 18.663 novos postos de trabalho. Os setores com melhor desempenho foram a indústria de transformação (10.626), serviços (7.097), administração pública (3.794) e agropecuária (2.599).
Brasil: Saldo positivo de 173.139 novos empregos
O Brasil registrou a abertura de 173.139 novos empregos com carteira assinada em fevereiro. saldo desse mês é o sexto melhor da série histórica do cadastro desde 1992.
Além disso, é o terceiro ano consecutivo de saldos positivos e crescentes após os anos de recessão, o que reflete a recuperação do contingente de empregos celetistas desde 2017. Em fevereiro, o estoque de empregos alcançou 38,6 milhões de postos de trabalho formais, um aumento de 0,45% em relação ao mês anterior e de 1,51% em relação ao mesmo período do ano passado.
O saldo do mês é mais que o dobro do registrado em fevereiro de 2018, quando foram gerados 61.188 postos. Em janeiro, o saldo foi de 34.313 empregos. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o saldo de 2019 chega a 207,4 mil, superior em 68,4 mil ao do mesmo período de 2018 (139 mil) e em 130,9 mil ao de 2017 (76,4 mil). Esse resultado representa um crescimento de 49,2% na abertura de postos de trabalho, em relação ao acumulado do mesmo período de 2018, e de 171,2%, em relação ao de 2017.
O resultado de fevereiro de 2019 está relacionado em boa parte à maior geração de empregos nos setores da Indústria de Transformação e Construção Civil, nos quais a retomada do crescimento se mostrava mais lenta que nos setores de Serviços e Comércio.
Emprego setorial — No mês, o saldo de emprego foi positivo em sete dos oito setores econômicos, com destaque para os setores de Serviços, que abriu 112.412 postos de trabalho e teve saldo positivo em todos os seis subsetores, com crescimento de 0,65%. A Indústria de Transformação também foi destaque, com 33.472 novos postos formais, saldo positivo em 11 dos 12 subsetores e expansão de 0,46%.
Outros setores de destaque foram a Administração Pública, que registrou uma expansão de 1,34%, com geração de 11.395 postos no mês, e a Construção Civil, que criou 11.097 postos, uma expansão de 0,56%. Além deles, o setor do Comércio registrou o primeiro saldo positivo para o mês de fevereiro desde 2015 (5.990 empregos) e teve expansão de 0,07%. O saldo foi negativo apenas na Agropecuária, com redução de 3.077 postos de trabalho, em razão do período de entressafra.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, todos os setores apresentaram saldos ainda mais positivos em fevereiro de 2019, com destaque para a Construção Civil, com aumento de 407,7% (11,0 mil contra -3,6 mil), Indústria de Transformação, com aumento de 92,8% (33,4 mil contra 17,3 mil), e os Serviços, com elevação de 70,5% (112,4 mil contra 65,9 mil).
Emprego regional — Em âmbito regional, a melhora no emprego foi verificada em todas as regiões, à exceção do Nordeste. No Sudeste, a expansão foi de 0,51%, com geração de 101.649 vagas formais. Na sequência aparecem as regiões Sul (66.021), Centro-Oeste (14.316) e Norte (3.594). No Nordeste, o saldo foi negativo em 12.441 postos.
Entre os Estados, os maiores saldos ocorreram em São Paulo (62.339), Minas Gerais (26.016), Santa Catarina (25.104), Rio Grande do Sul (22.463) e Paraná (18.254). O maior recuo ocorreu em Pernambuco, influenciado pela queda sazonal do emprego na produção da cana de açúcar (-12.396 postos).
Modernização — Os dados de fevereiro apontam um saldo de 4.346 postos de trabalho na modalidade Intermitente e 3.404 na modalidade Parcial. As maiores gerações de vagas de trabalho intermitente ocorreram nos setores de Serviços (2.311) e Comércio (973). Na Indústria de Transformação foram geradas 656 vagas no mês. No Parcial, também o setor de Serviços foi destaque, com geração de 2.658 postos, seguido do Comércio, que criou 424 vagas no mês.
Os desligamentos por acordo entre as partes propiciaram 19.030 desligamentos no mês de fevereiro. A maioria dos desligamentos (8.930) ocorreu no setor de Serviços, seguido do comércio (4.722) e da Indústria da Transformação (3.305). Entre os estados, houve mais demissões por acordo em São Paulo (5.892), Paraná (2.273) e Rio Grande do Sul (1.739).
As ocupações de Vendedor de Comércio Varejista (977), Faxineiro (812) e Auxiliar de Escritório (681) foram as que tiveram mais acordos de desligamentos em fevereiro.