Blumenau registra, em média, 21% de faltas em consultas e exames agendados

O problema é que muitas pessoas sequer avisam para que outro paciente possa ser substituído.

Foto: Eraldo Schnaider [PMB]

As faltas nas consultas médicas e exames agendados nas unidades públicas de saúde de é um problema sério em Blumenau. Em média, 21% das pessoas que deixam de comparecer não informam previamente permitindo que a equipe substitua por outro paciente que aguarda.

De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), em 2022, dos mais de 600 mil agendamentos, mais de 76 mil pessoas faltaram às marcações. Já no primeiro quadrimestre deste ano, dos mais de 220 mil procedimentos agendados, em quase 21 mil houve faltas. Os valores incluem ausências tanto na atenção básica, quanto na especializada.

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam o absenteísmo como um problema no contexto da assistência à saúde pública, em virtude do grande número de usuários que aguardam atendimento. As faltas também interferem na área econômica, pois acarretam prejuízo à gestão do sistema, contribuindo para o crescimento das filas de espera.

Ainda de acordo com os dados do MS, o absenteísmo no Sistema Único de Saúde (SUS) se apresenta como uma barreira na extensão da cobertura e do acesso dos usuários aos serviços de saúde pública, dificultando as melhorias de atenção assistencial disponibilizadas aos moradores. O não comparecimento às consultas, exames, procedimentos e terapias agendadas em ambulatórios do SUS tem comprometido o atendimento dispensado à população.

Segundo o secretário de promoção da saúde, Marcelo Lanzarin, as faltas sem justificativa preocupam. “Além de prejudicar outras pessoas que estão na fila de espera, os pacientes faltantes, que não justificam a ausência com, pelo menos, 24h de antecedência, comprometem o trabalho da equipe. Por isso, reforço o pedido aos moradores que não puderem comparecer aos procedimentos agendados, que façam a comunicação em tempo hábil para que os servidores do setor de regulação possam disponibilizar a vaga para outra pessoa, que aguarda pela mesma consulta ou exame. Só assim poderemos otimizar a oferta aos moradores”, finaliza Lanzarin.

Com informações de Elaine Malheiros, da SECOM/BNU