O número crescente de casos de violência contra a mulher em Blumenau acendeu um alerta e motivou a realização de uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Somente em 2024, foram registradas 209 denúncias de violência contra a mulher no município, além de 1.194 violações de direitos. E o ano de 2025 já começou com novos registros: até o dia 23 de março, foram 33 denúncias e 159 violações, segundo dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Diante desse cenário, o vereador Jean Volpato (PT) propôs a realização do encontro, que ocorrerá na próxima segunda-feira (31/03/25), às 19h, no Plenário da Câmara. A audiência é aberta ao público e será transmitida ao vivo pela TV Legislativa, nos canais aberto digital 4.2, canal 14 da NET e pelo YouTube. O objetivo é promover um espaço de diálogo entre autoridades da segurança pública, representantes de órgãos governamentais, entidades que atuam na defesa dos direitos das mulheres e a sociedade civil.
Entre as convidadas estão a deputada federal Ana Paula Lima (PT), autora da lei que criou o Observatório da Violência contra a Mulher; a deputada estadual e procuradora da mulher Luciane Carminatti (PT); a delegada regional Juliana de Souza Tridapalli; e a representante da OAB por Elas, Joice Florência de Faveri.
A proposta é discutir estratégias de prevenção à violência, acolhimento às vítimas e punição aos agressores. “Nossa audiência pública será um espaço fundamental para ouvir as mulheres, fomentar o debate através dos dados e da realidade, e também envolver as autoridades e a sociedade na construção de políticas mais eficazes para proteger as mulheres de Blumenau”, declarou Volpato.
A preocupação com o tema também se reflete nos dados estaduais. Em Santa Catarina, o Observatório da Violência contra a Mulher registrou 51 feminicídios em 2024. Nos dois primeiros meses de 2025, já são oito mulheres assassinadas. Foram expedidas ainda 30.231 medidas protetivas no último ano e, em 2025, quase 6 mil já foram emitidas.
Com esses números, os organizadores reforçam o convite à comunidade para participar e colaborar com propostas que contribuam no enfrentamento à violência de gênero.
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