Por Sabrina Hoffmann
Muito brilho, purpurina e um pouco de batuque – sempre respeitando o ambiente hospitalar – fizeram parte da véspera de Carnaval dos Trapamédicos. A ONG, que atua em visitas para levar apoio e alegria aos corredores de instituições de saúde de Blumenau levou 15 voluntários para desfilar em três de delas: os hospitais Santa Isabel, Santa Catarina e Santo Antônio.
Foram 15 palhaços e centenas de pessoas mobilizadas pela ação. “Nesse período ocorre o que é habitual em feriados: as pessoas vão viajar a as visitas acabam reduzindo. Além disso, quem está internado também sente esse impacto, porque sabe que enquanto muita gente está curtindo a família e os amigos, ele está no hospital. A nossa ideia no Carnaval é proporcionar uma visita diferente e mais animada que de costume, realmente mostrar que estamos ali pelos pacientes e profissionais que precisam de apoio”, diz a presidente dos Trapamédicos, Adriana Costa.
Os encontros ocorreram nos dias 6, 7 e 8 de fevereiro e foram eventos extras da equipe, que conta com rotinas de visitas pré-estipuladas. “Trabalhamos sempre em duplas e exigimos compromisso de quem se voluntaria. A pessoa precisa cumprir a agenda e após as visitas entregar um relatório sobre a atuação. No Carnaval não é diferente: tem brincadeira e muita risada, mas é um trabalho sério, de apoio, de mostrar para quem precisa que estamos dispostos a doar o nosso tempo para fazer o dia deles um pouco melhor”, enfatiza a voluntária.
Só em 2017 foram visitados 4.064 pacientes nos três hospitais e ainda na Renal Vida. Ações em empresas também estão na agenda grupo.
Sobre os Trapamédicos
Doutores em besteirologia que buscam transformar a rotina de quem está em tratamento. É assim que trabalham os voluntários do Trapamédicos, organização sem fins lucrativos que há uma década atua em Blumenau. Os palhaços de hospital levam semanalmente um clima de descontração para os pacientes que visitam e alertam: eles não querem fazer rir, mas deixar o dia a dia de quem passa por situações difíceis um pouco melhor e mais leve. Em 2013 o projeto ganhou uma vertical: o Trapapet, em que os cães dos voluntários são treinados para realizarem visitas no Asilo São Simeão e também à Ala Psiquiátrica do Hospital Santa Catarina.