Texto: Tamires Kardauke
Quem tem filhos sabe como é difícil lidar com: “eu quero, pai!” ou “mãe, compra pra mim?”, que se ouve frequentemente em lojas e supermercados. Brinquedos, roupas e até mesmo certos alimentos chamam a atenção das crianças, e nem sempre os argumentos funcionam, sendo necessário muito jogo de cintura.
Os incentivos às compras estão em todos os lugares: anúncios publicitários, personagens, colegas de escola e, inclusive, a família. Por isso, poupar, pesquisar e planejar para conquistar alguns objetivos não são regras apenas para os adultos, pois quanto mais cedo as crianças aprenderem os limites e o valor do dinheiro, mais tranquilo será o futuro delas. “De um modo geral, não temos a cultura de poupar. Somos imediatistas e por não termos paciência optamos por pagar juros e antecipamos as aquisições”, explica a gerente da agência da Unicred de Gaspar, Giovanna Koller.
Não existe uma fórmula secreta para inserir a educação financeira no dia a dia dos filhos. As mesadas podem ser aliadas neste exercício, já que os pequenos passam a ter autonomia para decidir o que querem comprar com esse dinheiro, tendo que lidar com os limites e com as consequências. “Com as mesadas, as crianças têm domínio sobre os seus próprios recursos e assim aprendem a fazer escolhas, que muitas vezes podem ser equivocadas, é neste momento que se deve fazer a criança refletir sobre a escolha que fez e suas consequências”, comenta.
Além de brincadeiras e jogos educativos que contribuem com a percepção das crianças sobre a importância de economizar, algumas atitudes simples do dia a dia podem ajudar. De forma lúdica, os “cofrinhos” nada mais são do que a conta poupança que o seu filho terá em uma instituição financeira no futuro. Por isso, é fundamental que os pais mostrem como ele funciona, qual a importância e quais sonhos a criança poderá realizar se mantiver a economia por mais tempo. “O exemplo dos pais é, sem dúvida, um dos ingredientes para o sucesso financeiro dos filhos”, completa Giovanna.
Mesmo assim, para os papais que preferirem orientar financeiramente os filhos de forma real, há os planos de previdência privada, onde os pequenos aprendem a poupar e já garantem uma ajuda futura para as conquistas profissionais ou pessoais. Na Unicred, por exemplo, há planos que podem ser iniciados a partir do nascimento da criança e tem o valor mínimo de R$ 30 mensais. “Uma sugestão que dou aos pais é estimularem as crianças a destinar uma parte do valor da mesada para o plano, assim eles mesmos contribuem para o seu futuro e aprendem de forma prática a poupar”, reforça.
