Fotos e entrevista: Wellington Civiero Ferreira | Texto final: Claus Jensen
Após o fim da paralisação dos servidores públicos nesta segunda-feira (16), nosso colaborador Wellington Civiero Ferreira, conversou com a coordenadora-geral do Sindicato único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb), Sueli Adriano.
OBlumenauense: Essa paralisação foi rápida, de um dia só. Conseguiram atingir o resultado?
Sueli Adriano: Na assembleia da semana passada, decidimos fazer uma paralisação de apenas um dia. Nós demos o encaminhamento de que no início de fevereiro do ano que vem, será organizada uma nova e grande assembleia na frente da prefeitura. Ela deve coincidir com mesmo dia em que o governo irá abrir o ano letivo, quando é realizado um grande encontro feito com os trabalhadores da educação.
OBlumenauense: Qual foi o retorno da administração municipal em relação a pauta da paralisação?
Sueli Adriano: A administração municipal não nos ofereceu nenhuma proposta e simplesmente não acatou o plano de carreira da saúde, que já havíamos acordado em assembleia. Bastava encaminhar à Câmara de Vereadores no mês de agosto, mas o governo retirou a proposta na semana passada. A avaliação de desempenho é um direito nosso, que já deveria ter sido pago em junho para todos os trabalhadores, porque foi uma decisão judicial. Foi pago para 1.500 trabalhadores, enquanto outros 1500 ainda não receberam, incluindo os aposentados.
A hora atividade da educação, lei nacional 11.738, que deveria ser aplicada para todos os trabalhadores da educação. Dos 33% no planejamento, hoje o governo cumpre 20%, faltando outros 13%. Inclusive nos fizemos uma receita, solicitando que projetasse isso no decorrer dos próximos anos. Mas nem assim, a secretária de Educação Helenice Luchetta quis acatar. Ela apresentou uma pesquisa aos trabalhadores, dizendo que Blumenau iria retroceder no mínimo uns 30 anos na educação infantil.
