Por Claus Jensen
Um muro de 35 metros na Rua Progresso, em um trecho sem residências, pouco antes do Auto Posto Márcio, foi lavado e pintado. Foram mais de três meses para as 20 mil tampinhas plásticas serem fixadas individualmente por cada um dos 20 jovens envolvidos nesse projeto de arte urbana. Eles fizeram o desenho e depois aplicaram no muro.
O trabalho foi finalizado em agosto deste ano (2020) depois de ficar parado várias vezes por causa das medidas restritivas para evitar o contágio da Covid-19, que não permitem a aglomeração. O ativista social João Luiz Muniz, idealizador do projeto, é conhecido por suas ações na limpeza de rios, coleta de lixo reciclável e arrecadação de donativos, que realiza há anos através da ONG Amigos da Natureza.
“Eu vi um muro desses na Venezuela pela internet, onde foi feito por um artista de prestígio. Mas é totalmente diferente do que fizemos. Minha ideia era envolver os jovens da nossa comunidade e cada um ficou responsável pelo desenho e a sua manutenção. Fiquei muito satisfeito com o resultado e espero que o muro continue lindo assim por muito tempo. Poderíamos transformar nossa cidade com trabalhos voluntários”, disse Muniz.
O artista Oscar Olivares, de 23 anos, usou 200 mil tampinhas plásticas de garrafa e de outros recipientes, aplicados em um muro de 45 metros na cidade de El Hatillo, na Venezuela. O projeto também levou três meses, e teve a parceria de uma organização ambiental local (OkoSpiri) e do movimento Arquitectura para el Futuro.
Confira os trabalhos feitos na Rua Progresso, no bairro Progresso.
